tag:blogger.com,1999:blog-45871039145106321402024-02-20T18:03:17.659-08:00O conhecimento é o caminhoPedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-15525062513169177202013-03-29T00:48:00.003-07:002013-03-30T11:53:28.683-07:00FÍSICA DO DIA A DIA<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<b>POR QUE AS TORRADAS CAEM DE CABEÇA PARA
BAIXO ?<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<br />
<br />
Muitos de vocês já devem ter se perguntado o porquê que as torradas caem quase sempre viradas com a parte da manteiga, margarina, requeijão, etc. para baixo. Dos que se já se perguntaram sobre isso, uma grande parcela deve ter se contentado com a explicação da Lei de Murphy - <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Murphy">http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Murphy</a> - a qual diz: " Se alguma coisa pode dar errada, ela dará" . Outra parcela que não se conformou com isso deve ter aceitado que existe sempre 50% de chance de cair com cada face independente de onde ela cai. Pois bem, o que irei mostrar e provar, é que a Lei de Murphy como sempre não é válida e, dependendo de onde a torrada cair, os 50% de chance não são verdadeiros.<br />
<br />
Antes de explicar o modelo explicarei por que as torradas giram ao cair de lugares como mesas. O que explicarei agora não é só válido para as torradas, e sim para qualquer objeto de corpo extenso, como uma caneta, um copo, um aparelho de celular, enfim, quaisquer coisas que se encontrem em alguma superfície e possam cair. Bom, ainda antes disso começarei com uma pergunta.<br />
Você imagina o que é o centro de massa de um corpo?<br />
<br />
O centro de massa de um corpo é um determinado ponto de um objeto, onde pode se dizer que sua massa esteja concentrada. Sendo ainda mais específico, é a soma de cada ponto de um corpo multiplicada por sua respectiva massa neste dividido por sua massa total <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_de_massas">http://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_de_massas</a> . Esse ponto é muito importante tanto na física como na engenharia, ou até mesmo em esportes (o CM dos homens localiza-se mais ou menos na região do umbigo).<br />
<div>
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIpBkz8JEI8LZ0W4jchd5xS_KQrd7CKsJtwxyUi6Okoa4S4SUqnhLjOjA4jHYKTucSrgexjww1uU9nN_zfBsAiGwRPRQ7QSwe-2qkbiweL3-hcCj4JJ9YxdmR6bSDWykZehfKYWouqg7OR/s1600/IMG_0383.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIpBkz8JEI8LZ0W4jchd5xS_KQrd7CKsJtwxyUi6Okoa4S4SUqnhLjOjA4jHYKTucSrgexjww1uU9nN_zfBsAiGwRPRQ7QSwe-2qkbiweL3-hcCj4JJ9YxdmR6bSDWykZehfKYWouqg7OR/s320/IMG_0383.JPG" width="320" /></a> <b><u>Figura 1: Caneta sendo apoiada pelo ponto onde se encontra seu centro de massa</u></b></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas,
por que estou dizendo tudo isso? Bom, quando algum desses objetos que citei estão em uma dada superfície, e a linha onde se encontra seu centro de
massa encontra-se fora dessa superfície, com certeza irá cair. Mas não só cair,
irá cair girando. Isto ocorre devido ao próprio torque exercido pelo seu peso,
que no caso, é o local onde se encontra seu CM. O torque nada mais é do que o
produto entre o peso e a distância que o CM encontra-se afastado da superfície,
neste caso, multiplicado ainda pelo seno do ângulo entre essas duas linhas,
(neste estudo considere essas linhas sendo perpendiculares, ou seja, seno =1 )
esse torque fornecerá o valor da aceleração de rotação do objeto enquanto não
deixa a superfície <span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Torque">http://pt.wikipedia.org/wiki/Torque</a></span> . Quando este objeto deixa a superfície ele a deixa com uma
dada velocidade angular, ω, ou seja, sua velocidade de giro, que foi alcançada devido ao torque. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_THjbCGv0C_Gcstec5cwx9QXyEG2QXK1TliuiYonHrR89dcUVz3hXCXUbr5QefQP7Usmq2ZNNSyN9O1cHMx2IVXMgpC6Yn1OHrf2haPtcbonek5YPE8LMBg0Ad3qKaKo9Voajn_sbYrk1/s1600/tor+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_THjbCGv0C_Gcstec5cwx9QXyEG2QXK1TliuiYonHrR89dcUVz3hXCXUbr5QefQP7Usmq2ZNNSyN9O1cHMx2IVXMgpC6Yn1OHrf2haPtcbonek5YPE8LMBg0Ad3qKaKo9Voajn_sbYrk1/s320/tor+1.png" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><b><u> Figura 2: Nesta foto temos ilustrações sobre os pontos onde se encontram, o centro de massa do pão e o eixo de rotação pelo qual irá girar.</u></b></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Depois
de terem analisado esse fato, físicos propuseram a seguinte equação que fornece a velocidade
angular após a torrada deixar a superfície:</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b> </b><br />
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;"><span style="font-size: large;">ω</span>
= </span></b><!--[if gte msEquation 12]><m:oMath><b style='mso-bidi-font-weight:
normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span style='font-size:18.0pt;
line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif"'><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>0</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>,</m:r><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>956</m:r></span></i></b><m:rad><m:radPr><m:degHide
m:val="on"/><span style='font-size:18.0pt;mso-ansi-font-size:18.0pt;
mso-bidi-font-size:18.0pt;font-family:"Cambria Math","serif";mso-ascii-font-family:
"Cambria Math";mso-hansi-font-family:"Cambria Math";font-weight:bold;
mso-bidi-font-weight:normal;font-style:italic;mso-bidi-font-style:normal'><m:ctrlPr></m:ctrlPr></span></m:radPr><m:deg></m:deg><m:e><b
style='mso-bidi-font-weight:normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:18.0pt;line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif"'><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>g</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>/</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>l</m:r></span></i></b></m:e></m:rad></m:oMath><![endif]--><!--[if !msEquation]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-text-raise: -9.0pt; position: relative; top: 9.0pt;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" style="height: 29.25pt; width: 90.75pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata chromakey="white" o:title="" src="file:///C:\Users\Pedro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png">
</v:imagedata></v:shape></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> 0,956</span></b><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-size: large;">(2g/l)</span><sup><span style="font-size: large;">1/2</span></sup></span></b><b><span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> (1)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sendo<b> g</b> a
aceleração gravitacional e <b>l </b>o
comprimento da torrada. Outra observação feita foi que as torradas deixam a
superfície com um ângulo de 30<sup>0</sup> em média (com (a)^1/2 indicando a raiz quadrada de a). Ou seja, temos a expressão
de quanto a torrada irá girar até atingir o chão, e ela é dada por<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> Ө = Ө<sub>0 </sub>+
ωt (2)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sendo <b>Ө<sub>0</sub></b>
o ângulo inicial do giro, que no caso é 30 graus, <b>ω </b>a velocidade angular que é dada pela equação (1). Por tanto o que
nos resta saber é o tempo total de giro. Mas ele é exatamente o tempo total de
queda e sendo assim, depende da altura da superfície.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
A
equação que descreve a distância em relação ao tempo é dada por<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> ∆x=v<sub>0</sub>t+at<sup>2</sup>/2 (3) <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
No presente caso, temos que <b>v<sub>0</sub></b> é nulo, uma vez que é a
velocidade inicial da torrada. E como vimos, ela sai de cima da mesa com
velocidade zero, <b>a</b> é a aceleração
com a qual a torrada cai, sendo assim é exatamente <b>g</b>, por fim <b>∆x </b>é a
própria altura,<b> h</b>, em que a torrada cai.
Então (3) pode ser escrita como<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">h = gt<sup>2</sup>/2 (4)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
Tendo todas as ferramentas em mãos, vamos prever em quantos graus a torrada irá girar em torno de seu eixo de
rotação, aquele que foi mostrado na foto (1). A partir de (4) facilmente
obtemos t,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-top: 12.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: large;"> </span></b><span style="font-size: large;"><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;">t
= </span></b><!--[if gte msEquation 12]><m:oMath><m:rad><m:radPr><m:degHide
m:val="on"/><span style='font-size:18.0pt;mso-ansi-font-size:18.0pt;
mso-bidi-font-size:18.0pt;font-family:"Cambria Math","serif";mso-ascii-font-family:
"Cambria Math";mso-hansi-font-family:"Cambria Math";font-weight:bold;
mso-bidi-font-weight:normal;font-style:italic;mso-bidi-font-style:normal'><m:ctrlPr></m:ctrlPr></span></m:radPr><m:deg></m:deg><m:e><b
style='mso-bidi-font-weight:normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:18.0pt;line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif"'><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>2h</m:r><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>/</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>g</m:r></span></i></b></m:e></m:rad></m:oMath><![endif]--><!--[if !msEquation]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-text-raise: -9.0pt; position: relative; top: 9.0pt;"><v:shape id="_x0000_i1025" style="height: 29.25pt; width: 56.25pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata chromakey="white" o:title="" src="file:///C:\Users\Pedro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image002.png">
</v:imagedata></v:shape></span><!--[endif]--><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;"> </span><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">(2h/g)<sup>1/2</sup></span></b></span><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-theme-font: minor-fareast;"><span style="font-size: large;"> </span> </span><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">(5)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agora, vamos substituir (5) e (1) em (2), desta maneira
temos a seguinte expressão final<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">Ө = Ө<sub>0 </sub>+ </span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;">0,956</span></b><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 18.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-fareast; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-size: large;">(2h/l)</span><sup><span style="font-size: large;">1/2</span></sup></span></b><b><span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> (6)</span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
ou seja, o quanto a torrada irá girar dependerá somente
de sua altura inicial e de seu
comprimento, para o modelo adotado. Vamos multiplicar o último termo de (6) por
180/π= 57,296 pois, este termo está em radianos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Então,
já usando <b>Ө<sub>0 </sub></b>= 30 e
multiplicando o segundo termo por 57,296, temos <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> </span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> Ө = 30<sub> </sub>+ 54,775</span></b><b><span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 18pt; line-height: 27px;">(2h/l)<sup>1/2</sup></span></b><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> (7)</span></b></div>
<!--[if gte msEquation 12]><m:oMathPara><m:oMath><b
style='mso-bidi-font-weight:normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:18.0pt;line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif";
mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA'><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>54</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>,</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>775</m:r></span></i></b></m:oMath></m:oMathPara><![endif]--><!--[if !msEquation]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" style="height: 24pt; width: 60.75pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata chromakey="white" o:title="" src="file:///C:\Users\Pedro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png">
</v:imagedata></v:shape></span><!--[endif]--><br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"></span></b><!--[if gte msEquation 12]><m:oMath><b style='mso-bidi-font-weight:
normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span style='font-size:18.0pt;
line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif"'><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>54</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>,</m:r><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>775</m:r></span></i></b><m:rad><m:radPr><m:degHide
m:val="on"/><span style='font-size:18.0pt;mso-ansi-font-size:18.0pt;
mso-bidi-font-size:18.0pt;font-family:"Cambria Math","serif";mso-ascii-font-family:
"Cambria Math";mso-hansi-font-family:"Cambria Math";font-weight:bold;
mso-bidi-font-weight:normal;font-style:italic;mso-bidi-font-style:normal'><m:ctrlPr></m:ctrlPr></span></m:radPr><m:deg></m:deg><m:e><b
style='mso-bidi-font-weight:normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:18.0pt;line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif"'><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>2h</m:r><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>/</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>l</m:r></span></i></b></m:e></m:rad></m:oMath><![endif]--><!--[if !msEquation]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-text-raise: -9.0pt; position: relative; top: 9.0pt;"><v:shape id="_x0000_i1025" style="height: 29.25pt; width: 111.75pt;" type="#_x0000_t75"><v:imagedata chromakey="white" o:title="" src="file:///C:\Users\Pedro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image004.png"></v:imagedata></v:shape></span><!--[endif]--><!--[if gte msEquation 12]><m:oMathPara><m:oMath><b
style='mso-bidi-font-weight:normal'><i style='mso-bidi-font-style:normal'><span
style='font-size:18.0pt;line-height:115%;font-family:"Cambria Math","serif";
mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;
mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi;
mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA'><m:r><m:rPr><m:scr
m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>54</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty
m:val="bi"/></m:rPr>,</m:r><m:r><m:rPr><m:scr m:val="roman"/><m:sty m:val="bi"/></m:rPr>775</m:r></span></i></b></m:oMath></m:oMathPara><![endif]--><!--[if !msEquation]--><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @10 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas>
<v:path gradientshapeok="t" o:connecttype="rect" o:extrusionok="f">
<o:lock aspectratio="t" v:ext="edit">
</o:lock></v:path></v:stroke></v:shapetype><v:shape id="_x0000_i1025" style="height: 24pt; width: 60.75pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata chromakey="white" o:title="" src="file:///C:\Users\Pedro\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.png">
</v:imagedata></v:shape></span><!--[endif]--><b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Bom, o que nos resta agora é colocar os valores na equação
(7) e interpretar seus resultados. Adotaremos que na superfície, antes de cair a
torrada tem um ângulo de 0 graus. Ao deixar a mesa, esta sai com um ângulo de 30
graus e continua a girar. Para que ela caia de cabeça para baixo, o ângulo que
ela deve se encontrar, antes de atingir o chão, deverá ser maior do que 90 e menor
que 270 graus. E, para cair virada para cima os ângulos restantes, lembrando que
para resultados acima de 360 graus deve-se iniciar a contagem de novo, uma vez que foram dadas voltas completas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
O caso
que analisei foi uma fatia de pão de 9 cm, ou melhor 0,09 metros, pois deve-se colocar em
metros os valores em (7). A primeira análise que fiz foi sobre uma mesa de 75
cm de altura (0,75m). Colocando esses valores em (7) obtemos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> Ө = 253,618<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então, o que temos é um ângulo entre 90 e 270 graus, sendo assim esperamos que a torrada caia virada para baixa e de fato o que temos é :</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz612zerQHWrWhF1Tt_zN1LVxdXnKoSWkfuKkeSWGseIwOeZ2VpL4ApMOz750WRjk8OaiuOJcIVgcn2NbbS9g' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para o
segundo caso testado, coloquei uma cadeira de 30 cm sobre essa mesa usada e além
disso um livro e um outro suporte, sendo
estes dois últimos um total de 9 cm, totalizando, então 39 cm ao todo mais a
cadeira que totaliza 1,04 metros.
Colocando isso em (7) temos : </div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-size: 18.0pt; line-height: 115%;"> Ө = 293,325 </span></b> </div>
<div class="MsoNormal">
Ou seja, um resultado que prevê a torrada caída para cima. O que temos para o resultado feito foi,</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxcWwu3FzMZY1S1v3k0dgfaZRbA75TlAas0DtpyxwxnXefzObv8tAEkuyp2rDDORLaCo419OxA1zYZUeXe5rQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Caso você acredite que isto ainda seja um modelo
probabilístico, para esse modelo a probabilidade de acontecer cada sequência dada
que fiz com quatro quedas da torrada é de 1/2x 1/2x1/2x1/2 = 1/16, que é o mesmo
que 6,25 % para cada evento e a probabilidade para que esse evento ocorra uma vez de cabeça para baixo com a torrada caindo da mesa e depois caia de cabeça
para cima de outro ponto é 1/256 , ou seja, 0,39% . Aja sorte ou azar não sei
!!</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O objetivo deste texto não é apenas apresentar o modelo em si,
mas também desmistificar esse conceito nos passado ao longo de gerações, e
mostrar que com apenas um modelo simples a física clássica prevê o resultado.
Aliás, o que está por trás dessas equações, não é nada mais nada menos do
que as equações de Newton! Equações que regem a física clássica e o que ela
diz é que se soubermos as condições iniciais de um dado sistema, e as condições
de seu meio ao redor podemos prever o que ocorrerá com ele! É exatamente saber o
futuro sobre o que estudamos. Ou seja, se o Universo fosse regido apenas pelas
leis clássicas e se soubéssemos as condições iniciais de tudo o que ele continha
poderíamos prever tudo o que conhecemos e irmos além. Mas, mesmo que
o Universo fosse regido somente pelas leis clássicas, que não é, são tantas
variáveis que nunca conseguiríamos prever tal feito! </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Caso queiram saber mais sobre esse modelo ou outros para outros fenômenos a referência é :</div>
<div class="MsoNormal">
WHY TOAST LANDS JELLY-SIDE DOWN : ZEN AND THE ART OS PHYSICS DEMONSTRATIONS. <o:p></o:p></div>
Pedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-31228782469652017192012-09-08T20:42:00.003-07:002012-09-09T19:29:14.132-07:00MECÂNICA QUÂNTICA: SUA HISTÓRIA, ALGUMAS INTERPRETAÇÕES E POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES<b><u><i><br /></i></u></b>
<b><u><i>PARTE 2</i></u></b><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Chegou o momento de darmos continuidade ao post feito em
agosto de 2011, sobre mecânica quântica. Para um bom entendimento aqui é
imprescindível a leitura da primeira parte, <a href="http://www.e0mc2.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html">http://www.e0mc2.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html</a>. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tentem entender ao máximo estas duas primeiras partes, pois são as mais formais da teoria. Mesmo que não entendam alguma coisa não desanimem e prossigam até o final, pois na terceira parte só explicarei dois experimentos e na última, como esta teoria mudou a interpretação da realidade!</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u>MECÂNICA DE HEISENBERG E O PRINCÍPIO DE INCERTEZA</u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Heisenberg tomou como ponto inicial o estado quântico de um
sistema sobre consideração, (um simples elétron, um átomo uma molécula etc.), e
argumentou que a única maneira sensata para formular uma mecânica do sistema era
modelando-o através de sua observação. Ressaltamos que aqui a palavra “<b>observação” </b>significa qualquer
interação experimentada pelo sistema, seja de um espalhamento por luz, fótons,
ou mesmo por elétrons. “Atentem-se à
parte seguinte”, <b>Na ausência de qualquer
interação, o sistema pode ser isolado para fora do mundo e, sendo assim,
totalmente irrelevante. Somente por alguma forma de interação ou observação faz
com que o sistema exista.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
A abordagem de Heisenberg é a manifestação literal da visão
filosófica de Wittgenstein (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein">http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein</a>)
, “ <b>a respeito do que não podemos falar,
devemos atravessar em silêncio”. </b>Podemos falar somente do que observamos, o
que leva a observação ter um lugar de destaque na mecânica quântica.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Heisenberg representou observações dos sistemas com
operadores matemáticos sobre seus estados quânticos. Isto o permitiu escrever
equações que governam o comportamento do sistema quântico. Reproduziram desta
maneira, resultados iguais e ainda mais acessíveis do que a mecânica
ondulatória de Schrödinger.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O princípio de incerteza de Heisenberg resulta da
compreensão de que qualquer ação de observação sobre um sistema quântico irá
perturbá-lo, negando assim o perfeito conhecimento do sistema para o observador.
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u>Vamos a um exemplo físico:</u></b> Se quisermos obter a posição do elétron,
a mais precisa possível, devemos usar o maior momento possível do fóton, <b>p</b>, que nos leva a baixos valores do
comprimento de onda do fóton, <b>λ</b> de
acordo com a seguinte equação :</div>
<div class="MsoNormal">
<b> </b></div>
<div class="MsoNormal">
<b> λ = h/p (1)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
sendo <b>h</b> a
constante de Planck. No entanto, só poderemos obter precisões na ordem do
comprimento de luz usado. Utilizando-se um grande momento para o fóton, nós
teremos uma boa estimativa para a posição do elétron, mas este sofrerá um
grande distúrbio, devido ao grande momento do fóton, sendo assim, seu momento
será muito incerto. Vamos dar uma pausa aqui, e exemplificar melhor. Se
tivermos a intenção de visualizarmos a posição do elétron, necessitamos
interagir com ele, e a maneira de fazermos isso é pela emissão de fótons, mas
estes irão interagir com o elétron através de uma colisão e, sendo assim,
haverá uma transferência de momento ao elétron, um exemplo claro disso é o
efeito Compton, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Compton">http://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_Compton</a>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKqPP-yAkKyVOnCTksHiyHN7h161siQrsQoOTKfqPGRy5fU6yMmb7rz09oL2b7qbc1vcO02KDA9_-c6JAMCd5oR8G03jYgQbyX7UZnl0badppwbc9hbW0NVCFCim4QS7xwgyfPoAiTfTtO/s1600/ff.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKqPP-yAkKyVOnCTksHiyHN7h161siQrsQoOTKfqPGRy5fU6yMmb7rz09oL2b7qbc1vcO02KDA9_-c6JAMCd5oR8G03jYgQbyX7UZnl0badppwbc9hbW0NVCFCim4QS7xwgyfPoAiTfTtO/s320/ff.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b>
<b>figura 1: </b>Temos aqui uma ilustração do efeito Compton, que mostra como uma simples interação do fóton irá alterar o momento do elétron.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esta é a essência do principio de incerteza de Heisenberg. O
conhecimento de qualquer um dos parâmetros implica na incerteza do outro
parâmetro conjugado. A expressão matemática que nos dá a grandeza da incerteza
é:</div>
<div class="MsoNormal">
<b> </b><br />
<b> ∆p∆x ≥ h/2Π (2)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O exemplo acima implica <b>∆x
→ 0 (incerteza tendendo a zero) </b> o que nos conduz a uma grande
incerteza no momento do elétron, <b>∆p
>> ∆x (incerteza do momento será muito maior que a da posição) </b>para que a equação <b>(2)</b> seja satisfeita<b>.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O princípio de incerteza de Heisenberg nos fornece um grande
poderio para os resultados quando desejamos saber o mínimo valor de uma dada
medida. </div>
<div class="MsoNormal">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><u>Vamos a mais um exemplo</u></b>: vamos supor que uma partícula esteja confinada
a um pequeno volume (digamos a um dado núcleo <b>∆x ≈ 10<sup>-15</sup>m</b>), então podemos concluir que o momento da
partícula deve ser maior do que, </div>
<div class="MsoNormal">
<b> p<sub>min
</sub>≈ ∆p/2(momento médio) ≈ h/(4Π∆x) ≈ 100MeV/c
<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
de acordo com a equação (2) que fornece o valor mínimo
quando <b> ∆p∆x = h/2Π</b>, que implica em <b> ∆p = h/(2Π</b><b>∆x)</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u>A INTERPRETAÇÃO DA FUNÇÃO DE ONDA<o:p></o:p></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal">
Primeiramente, podemos abordar a questão para saber se um
elétron deve ser considerado como uma bola localizada ou uma extensão de onda.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para um elétron que está atravessando o espaço com um
momento bem definido (<b>∆p=0</b>) e
isolado de todas as interações possui incerteza infinita em sua posição. Então
a função de onda, <b>Ψ</b>, é uma onda seno
que se estende por todo espaço. O elétron em nenhum sentido é uma partícula
localizada. Primeiro desenho da função “psi” ,Ψ , da figura 2.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
(Este exemplo de uma
partícula livre, ou seja, sem interação nenhuma é hipotético, pois isso nos
leva a uma função de onda não normalizável, < Ψ |Ψ >≠ 1. Para ficar mais
claro o porquê esse resultado não é permitido vou dar um exemplo: imagine que
uma partícula esteja confinada em uma caixa. Esta partícula terá diferentes
probabilidades de ser encontrada em cada ponto da caixa, mas ao somarmos todas as
probabilidades encontraremos o resultado igual a um, < Ψ |Ψ > = 1(esta equação ilustra este somatório de todas as probabilidades), somada
em toda a caixa - corresponde ao 100% de chance de acharmos a partícula em
algum lugar da caixa. No caso de uma partícula livre o resultado nos dá
infinito, que não faz sentido nenhum. Sendo assim para partículas livres temos
pacotes de onda, que será explicado em outro momento.)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas, se um elétron é vagamente localizado, digamos que
sabemos que ele foi perturbado em um átomo, então com <b>∆x</b> sendo a dimensão do átomo, sabemos que haverá uma incerteza <b>∆p </b>em seu momento e então uma dispersão
em seu comprimento de onda <b>∆λ = h/∆p </b>,
conforme a equação (1). Essa dispersão no comprimento de onda causa a formação
de um pacote de onda localizado na sua função refletindo uma localização
grosseira do elétron. Segundo desenho da função “psi”,Ψ , da figura 2.<b> <o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agora, quando um elétron está bem especificamente
localizado, digamos que quase como um ponto, uma colisão de uma partícula com
alta energia com outra, então a incerteza de seu momento é grande. E o pacote
de onda se torna bem localizado, sendo neste caso razoável considerar o elétron
como uma partícula.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEcKUCLiqIkSlqoFK-R-be9QJJWUkRY3A-GzHpmOHrfKeyyYQ9LdQ9ihbckG2-2ro4-wpTFIowtTbLrDjJKzKlCMozWD5XNYs1jRnKvPtqUqL_wxHnRcaA9UV3yf1gg7CvfdKzwbnZBEjW/s1600/int2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEcKUCLiqIkSlqoFK-R-be9QJJWUkRY3A-GzHpmOHrfKeyyYQ9LdQ9ihbckG2-2ro4-wpTFIowtTbLrDjJKzKlCMozWD5XNYs1jRnKvPtqUqL_wxHnRcaA9UV3yf1gg7CvfdKzwbnZBEjW/s320/int2.jpg" width="280" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b><br /></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<b>figura 2: </b>Temos aqui uma ilustração para cada exemplo dado acima. Temos o comportamento da função de onda para cada tipo de fenômeno citado: Elétron livre, anywhere; elétron perto do átomo; colisão do elétron com alta energia.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
Chegamos a um ponto muito importante que nos levará a uma
nova visão de um átomo. Sabe aquela figura simples de um átomo de Bohr que
temos um elétron orbitando um núcleo? Não faz mais nenhum sentido aqui!! Sugiro
que releiam essa parte para que a entendam melhor, pois aquilo tudo que
aprendemos na escola desmorona-se. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Até que um ato de medida localize o elétron mais de perto
não há nenhum significado atribuir qualquer posição detalhada do elétron.
Entretanto, essa explicação ainda não é satisfatória e deixamos o elétron mais
pobremente localizado no átomo. Prosseguindo com mais questionamentos sobre a
função de onda, perguntamos: “O que ela é?”</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1926 o físico Germânico Max Born aventurou-se sugerindo
que o quadrado da amplitude da função de onda, |Ψ(x)|<sup>2</sup>, em qualquer
ponto, x, está relacionado com a probabilidade de encontrar a partícula no
mesmo. A própria função de onda não possui interpretação física direta a não
ser esta onda de probabilidade. Quando calculamos o seu quadrado, ela nos
fornece uma chance de achar a partícula em um ponto particular no ato da
medida. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então, a localização de um elétron no átomo não é
completamente indeterminada. A solução para a equação de Schrodinger, para um
elétron sobre um campo elétrico exercido por um próton, nos fornece uma
amplitude da função de onda como uma função da distância do próton. E ao
calcularmos o quadrado da amplitude da função de onda, saberemos a
probabilidade de achar o elétron em qualquer ponto em particular. Agora veja
bem essa sutil diferença <b>“Nós temos
somente a probabilidade de achar o elétron em suas órbitas de Bohr (descrito na
primeira parte do post)</b> <b>assim como,
somente há uma pequena probabilidade de existir a chamada órbita eletrônica
dentro do núcleo!”<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u>SPIN ELETRÔNICO</u></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para ilustrar esse fenômeno usaremos novamente a ilustração
do modelo do átomo de Bohr, mesmo já sabendo que existe apenas uma
probabilidade do elétron existir em tais órbitas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por volta de 1925, físicos se concentraram para explicar a
natureza atômica das linhas espectrais que não estavam sendo descritas
corretamente (as linhas espectrais são ilustradas pela figura 8 na primeira
parte do post). De acordo com o modelo de Bohr, deveria apenas existir uma
linha espectral, mas duas eram algumas vezes encontrados muito próximas. Para
explicar esse e outros fenômenos parecidos, os físicos Sam Goudsmit e George
Uhlenbeck propuseram a existência de spin eletrônico sobre o próprio eixo do
elétron que deveria ser somado com seu momento angular em torno do núcleo. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vamos mais uma vez retornar a exemplos clássicos. Pense no planeta Terra, nós
estamos girando em torno de nosso eixo, na verdade este eixo se encontra no
centro de massa entre o sistema Terra-Lua, e isso, corresponde a uma parte de
nosso momento angular, a outra parte vem da nossa translação em torno do Sol.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho1aM9p6JeD1iU-f9_Xp5ZLl5ryMeE0n1E9lRWXcPYk9gfjWGZ3Egb_lcahjT3tG99k6fHP9SKzPi5unUiNoquIhGhrnLYWQJakaU4k8zUz-0JzoFhiXVNbF0WEdf6OFVmayWtUBK9E2pB/s1600/7dias-5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho1aM9p6JeD1iU-f9_Xp5ZLl5ryMeE0n1E9lRWXcPYk9gfjWGZ3Egb_lcahjT3tG99k6fHP9SKzPi5unUiNoquIhGhrnLYWQJakaU4k8zUz-0JzoFhiXVNbF0WEdf6OFVmayWtUBK9E2pB/s320/7dias-5.jpg" width="313" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>figura 3: </b>Este exemplo mostra que para o sistema Sol-Terra, o momento angular total, L<span style="font-size: xx-small;">T</span>, é igual a soma do momento angular de traslação, L, somado com o momento angular de rotação, L' (que seria o exemplo clássico do spin) </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desta forma a separação encontrada nas linhas espectrais é
explicada pela existência de efeitos magnéticos dentro do átomo. A órbita do
elétron ao redor do núcleo forma um pequeno laço de corrente elétrica que, então
gera um campo magnético (lembrem-se que cargas elétricas em movimento produzem
campos magnéticos) desta maneira o átomo se comporta como um pequeno magneto. O
spin do elétron forma mais um laço de corrente elétrica, ainda menor, que gera
mais uma contribuição (podendo ser somado ou subtraído) para o campo magnético,
denominado <b>momento magnético do elétron</b>.
Isto levará a pequenas diferenças nos valores das energias para órbitas
eletrônicas com diferentes spins eletrônicos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgICP8VAnDj7qXE8AeoqGLzbTSrpkh0Fe6eyfbCAa2E8N7vLpg-ONFIAdAZw6zYycguBDdqi8fAitD4aXgh_il2vy2ffLQ2gXZC7koOaUL4VB-28quEpThtYcmKo28vKmtxTl72bgK7sGZj/s1600/int3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgICP8VAnDj7qXE8AeoqGLzbTSrpkh0Fe6eyfbCAa2E8N7vLpg-ONFIAdAZw6zYycguBDdqi8fAitD4aXgh_il2vy2ffLQ2gXZC7koOaUL4VB-28quEpThtYcmKo28vKmtxTl72bgK7sGZj/s320/int3.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>figura 4:</b> Temos, mais uma vez, uma ilustração clássica das componentes dos momentos angulares, mas agora para um átomo. </div>
<div class="MsoNormal">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b>Em suma, o que temos aqui é que podemos imaginar o elétron como uma
bola girando nos levando a mais uma adição do momento angular assim como mais
um termo de campo magnético, mas essa é uma visão puramente clássica!!! </b>É
importante lembrar que este é um simples modelo. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
De fato, o spin eletrônico é
puramente um conceito quântico, uma vez que as linhas espectrais separam-se em
apenas duas componentes, que diz que o elétron não pode ter um momento angular
arbitrário, mas que deve ter apenas dois valores possíveis (na próxima parte
abordaremos este experimento) ao longo da linha do campo magnético do átomo. A
componente do spin nesta direção está relacionada com a componente <b>z</b> do spin e seus valores são dados por
meios inteiros de Ћ (a constante de Planck dividida por 2Π)</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b>S<sub>z</sub>=+- Ћ/2 (3)<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Portanto deve-se pensar no elétron como uma extensão de onda
que carrega um quantum de momento angular intrínseco (spin), assim como um
quantum de carga elétrica. Outras partículas também carregam spin, como o próton o
nêutron o fóton e muito mais.</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u>O PRINCÍPIO DE EXCLUSÃO DE PAULI<o:p></o:p></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Novamente analisando o modelo de átomo de Bohr vemos ainda
que há um princípio fundamental faltando. <b>Aparentemente
nada impede que todos os elétrons de um átomo se encontrem em uma mesma órbita
eletrônica!<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em 1925 o físico austríaco <b>Wolfgang Pauli </b> derivou o
princípio que dois elétrons não podem ocupar precisa e simultaneamente o mesmo estado quântico (possuir valores
idênticos de momento, carga e spin numa mesma região do espaço). Ele chegou a
essa conclusão após examinar cuidadosamente o espectro atômico do hélio. Ele
observou que certas transições de estados estavam faltantes, implicando que
certos estados quânticos eram mesmo proibidos. <b>Por exemplo, para a menor órbita do núcleo de hélio dois elétrons com o
mesmo valor de spin nunca é encontrado, mas somente com seus sinais invertidos!
<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Este é um poderoso princípio usado na física atômica. Sabem
aquela decoreba que aprendemos em química no colégio para sabermos em que nível
eletrônico se encontra um elétron no átomo?? É esse mesmo... 1s, 2s, 2p... e
assim por diante. Agora vocês entenderão o princípio de onde surge essa regra!
Devido ao fato de dois elétrons não poderem existir em um mesmo estado, a
adição de elétrons extras levará ao preenchimento de órbitas mais elevadas.
Apenas dois elétrons são permitidos no estado fundamental, a única diferença
será dada pelos dois valores de spin
permitidos. Mais elétrons são permitidos para ocupar órbitas maiores, pois seus
estados quânticos possuem uma gama maior de valores permitidos do momento
angular em torno do núcleo.Desta maneira, o princípio de exclusão de Pauli<b> é responsável por todas as identidades
químicas de todos os átomos!</b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Embora tenhamos focado no átomo, o princípio de exclusão
pode ser aplicado para qualquer sistema quântico. </div>
Pedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-30781722799153542162012-02-22T12:13:00.001-08:002012-09-09T19:00:53.498-07:00Cuidado, pseudocientistas por perto 2- O tempo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiebg_mbDDHO2_r038sAUnE3S9U8DRwv-9P6TEo5bzN5QPUHdgzetyKiEt7ZMIZMjPEy-BKJuFhskio1KrcF_pfJ9TupRQ2LhL_9sbWlkVWYORR2W1viBp_ZyqGUb6egpRGtQD4gPYbcGXa/s1600/salvador_dali.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiebg_mbDDHO2_r038sAUnE3S9U8DRwv-9P6TEo5bzN5QPUHdgzetyKiEt7ZMIZMjPEy-BKJuFhskio1KrcF_pfJ9TupRQ2LhL_9sbWlkVWYORR2W1viBp_ZyqGUb6egpRGtQD4gPYbcGXa/s400/salvador_dali.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Resolvi escrever este post após ter ouvido alguns equívocos ditos por alguém que resolveu falar sobre o que é o tempo, refutando os físicos. Em poucos minutos pude perceber que realmente estou no caminho certo, estudando muito, fazendo mestrado e só quando eu estievr certo de algo, vou falar sobre isso. Pois é preciso muito conhecimento para abordar alguns temas de tamanha complexidade. Vou deixar o link deste vídeo para que possam tomar o conhecimento, e quem realmente entender um pouco mais de física, vai saber o que estou dizendo.</span><br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Segue o link desses "conceitos" ditos pelo então professor, Laercio Fonseca. </span></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=RknV1vfRhIw&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=RknV1vfRhIw&feature=related</a></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Aqui segue minha resposta deixada para ele:</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>FALAR APENAS O QUE SE CONHECE</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Meu amigo, o número de equívocos que o senhor disse na sua palestra são incontáveis.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O fato de o senhor não compreender o que é o tempo, está puramente relacionado com a sua falta de conhecimento em física e baseado na sua falta de conhecimento em matemática.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O senhor espera conhecer sobre as leis da natureza apenas com a observação, mas os nossos sentidos são muito limitados.</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Enquanto o senhor não souber matemática, não poderá saber quais são as leis da natureza de verdade. Realmente, o fluxo do tempo não existe. A física não mostra que ele passe ou não passe. Mas a questão da percepção de mudança não é devido somente aos movimentos relativos, e sim, principalmente, devido a entropia, que é a flecha do tempo do universo. Todo sistema tende a desorganizar-se, e por isso as coisas mudam, a mudança da-se através disso.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>O tempo, para nós físicos, é uma dimensão, assim como o espaço. Se o senhor não acredita em tempo, o senhor não acredita em espaço, então não existe nem distâncias relativas. Caso o senhor não saiba, Einsten foi quem mostrou que tempo e espaço são entidades intrinsecamente relacionadas.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Os tempos cíclicos pelos quais se baseiam os relógios, são diferentes de acordo com o referencial adotado, relacionando com a gravidade no sistema em que estamos e também sua velocidade. Com essas simples relações, podemos construir máquinas em que podemos ir para o futuro. Ou seja, enquanto em um dado referencial passaram-se 5 anos, em outro, poderá ter passado 20. O senhor conhece GPS?</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Este aparelho se baseia nesses princípios das leis da física, nos dando nossa localização exata nas coordenadas do espaço-tempo. As equações matemáticas as quais o senhor pelo visto deve desconhecer, mostram a possível existência de Wormholes, os quais permitiriam nosso deslocamento entre passado e futuro além da possibilidade de percorrer enormes distâncias, teoria que nasce através da relatividade, a mesma usada pelo GPS. E não são questões supostamente ditas ao acaso, e sim baseados no verdadeiro conhecimento da física e da matemática.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Outro equívoco cometido pelo senhor foi dizer que o passado não existe mais, mas o mundo é observado pelo passado. Já ouviu falar da causualidade, causa e efeito?? Todas as ações realizadas em um ponto são transmitidas para o universo, ou seja, podem existir lugares que estão observando o momento do seu nascimento agora, é uma informação do passado que não está perdida.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Quando olhamos para o céu, estamos olhando para o passado, assim como tudo que vemos. Pois a informação não é transmitida instantaneamente e sim propagada pelos fótons, ja ouviu falar deles?? Pois, foram os físicos que os descobriram.</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Além de o senhor falar dos seus equívocos, falou de forma depreciativa dos físicos que passam suas vidas em busca da verdade, estudando arduamente as leis da natureza.</i></span></div>
<br />
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>Não queira fazer parte daqueles que ministram palestras sobre a vida e a espiritualidade sem ter NENHUM EMBASAMENTO CIENTÍFICO .</i></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<i>
</i></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>O resultado do AGORA é baseado em nossas ações passadas e elas existem; e o futuro é baseado nas nossas ações do agora. Se apenas o AGORA existisse estaríamos perdidos e os nossos atos não teriam nenhum efeito!!</i></span></div>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<i>
</i></span>Pedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-39050994764187930462012-02-21T18:02:00.002-08:002012-10-05T10:59:52.570-07:00O celular, a radiação e a sua saúde<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Hoje vamos abordar um tema bastante controverso, pois depois de um
alerta feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre possíveis riscos que
o uso do celular pode trazer, surgiram pesquisas na literatura que afirmam e
desmentem este alerta. </span></span><br />
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">A suposição da interferência eletromagnética do celular com a
frequência cerebral predispor ao câncer, é de difícil conclusão, pois decorrem
décadas de exposição para que os efeitos ocorram. Nesta publicação vamos
discutir primeiramente as propriedades físicas envolvidas na radiação
eletromagnética emitida pelo celular, depois os efeitos envolvidos e uma
síntese de alguns estudos sobre o tema.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Há 10 anos aproximadamente, os aparelhos celulares tornaram-se mais
acessíveis, mas hoje vemos um verdadeiro BOOM de celular (assim como outros
eletrônicos) que podem ser comprados muito facilmente. A questão é, o uso
exacerbado que temos hoje desses aparelhos, pode nos prejudicar daqui a 10, 15
anos? </span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Além da relação com tumor cerebral, outros problemas apontados são
perda de memória e esterilidade. Mas como foi dito, da mesma forma que alguns
trabalhos colocam o celular como vilão, outros autores além de negarem esta
especulação, mostram ao contrário, que o celular pode ser uma fonte de
prevenção e retardo da perda de memória em pacientes com Alzheimer, como
mostrado um estudo que foi publicado na </span></span><a href="http://www.j-alz.com/"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="color: blue; font-family: Calibri;">Journal of Alzheimer´s Disease</span></span></i></a></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Mas será que de fato existem propriedades físicas envolvidas para tais
argumentos, o que de fato pode levar a tais investigações?<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Primeiramente, devemos
entender como se dá o funcionamento do celular, como a informação é
transmitida. A camada física do sistema celular é essencialmente uma ligação duplex,
ou seja, dois sentidos: via rádio entre um usuário móvel que carrega um
terminal portátil e uma estação fixa a estação rádio-base (ERB). Assim como
qualquer aparelho eletrônico movido sem fio, são utilizadas as ondas de rádio
para sua transmissão, as radiofrequências:</span></span><br />
</div>
<div align="center" class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgobAtGhyyDPyNomoao9uFNH-fQo_bGclmUfIhg9wXz-I-ydY1LAs1_ETQw7NnBAEnh1WnSW1-1NAd87RYp-JOt7HIVSmogUwLL60uW1NDHihCrZ8uZP1gEPqAcC3rleDMjqPQhFY3x0AY/s1600/figura+radia%25C3%25A7ao.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgobAtGhyyDPyNomoao9uFNH-fQo_bGclmUfIhg9wXz-I-ydY1LAs1_ETQw7NnBAEnh1WnSW1-1NAd87RYp-JOt7HIVSmogUwLL60uW1NDHihCrZ8uZP1gEPqAcC3rleDMjqPQhFY3x0AY/s1600/figura+radia%25C3%25A7ao.png" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<span style="mso-no-proof: yes; text-decoration: none; text-underline: none;"><v:shapetype coordsize="21600,21600" filled="f" id="_x0000_t75" o:preferrelative="t" o:spt="75" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" stroked="f"><span style="color: blue;"><span style="font-family: Calibri;">
<v:stroke joinstyle="miter">
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0">
<v:f eqn="sum @0 1 0">
<v:f eqn="sum 0 0 @1">
<v:f eqn="prod @2 1 2">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight">
<v:f eqn="sum @0 0 1">
<v:f eqn="prod @6 1 2">
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth">
<v:f eqn="sum @8 21600 0">
</v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:f></v:formulas></v:stroke></span></span></v:shapetype></span><span style="font-family: Calibri;">Figura 1. Diagrama ilustrando
o espectro magnético desde as </span><span style="color: black;"><span style="font-family: Calibri;">ondas
de rádio</span><span style="font-family: Calibri;"> até aos </span><span style="font-family: Calibri;">raios gama</span><span style="font-family: Calibri;">.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Conforme a figura acima,
abrangendo o intervalo entre 10<sup>4</sup> e 10<sup>8</sup> Hz. Entretanto, a
questão é: </span><span style="font-size: 16pt; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">será
que você sabe o que são ondas de rádio?</span><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"> </span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ondas de rádio são radiações
eletromagnéticas de radiofrequência e se encaixam no grupo de radiações não
ionizantes (não possuem a capacidade de retirar o elétron de seu átomo), pois
são de baixa frequência, (para o melhor entendimento desta questão, sugiro que
leia o post de mecânica quântica onde falo sobre radiações). Do ponto de vista
da física de partículas são fótons de baixa energia. As ondas de rádio são
produzidas por correntes elétricas macroscópicas oscilando em antenas de
transmissão de rádio e a frequência da onda emitida é igual à frequência de
oscilação de cargas.</span></span></div>
<ul style="margin-top: 0cm;" type="disc">
<li class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Para tratarmos as ondas
de rádio não há necessidade de termos uma visão quântica do processo, pois
a eletrodinâmica clássica explica de maneira precisa os fenômenos das
ondas encontradas nessa faixa de frequência, uma vez que a emissão das
ondas nessa frequência forma um espectro contínuo (ondas geradas por
cargas elétricas sofrendo aceleração). Embora saibamos que essas ondas são
fótons, vamos tratá-las como sendo puramente campos elétricos e magnéticos
caminhando perpendicularmente através do espaço.</span> </span></li>
</ul>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Até então, isto não gera
problema algum, pois as ondas de rádio estão o tempo todo interagindo conosco,
desde as ondas de rádio emitidas pelas antenas dos celulares, ondas de rádio AM
e FM, até as ondas de Rádio vindas do espaço, a radiação cósmica de fundo que
são resquícios do Big Bang e não são nocivas ao homem, com tanto que sejam
ondas emitidas de distâncias relativamente grandes, ao contrário de uma antena
de transmissão do lado de sua janela. Isso é facilmente justificado, basta
lembrarmos como se calcula a intensidade das ondas, <o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 18pt;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Times New Roman; font-size: small;"> </span><b> </b></span><b>I =P/A<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>(1)<o:p></o:p></b></span></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">onde <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">P</b> é a potência da onda emitida, watts (W), e <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A</b> é a área na qual a onda interage, para o caso de torres de
emissão usamos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A=4πr<sup>2</sup></b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que é igual a área da calota esférica pela
qual a onda se propagou.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Justificando-se por essa
equação, medidas da intensidade (densidade de potência) entre 20 e 80 m
afastado da torre de transmissão foram feitas. O valor máximo encontrado para
essas distâncias foi de aproximadamente 0,02 W/m<sup>2</sup>, que é um valor
muito inferior ao adotado pela comissão ICNIPR (<span class="st"><a href="http://www.icnirp.de/"><span style="color: blue;">The International Commission on Non-Ionizing
Radiation Protection</span></a></span>.) e pela ANATEL (<span class="st">Agência
Nacional de Telecomunicações</span>) de 4,35 W/m<sup>2</sup>, que é uma
intensidade considerada segura para exposição humana. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Entretanto, a uma distância
de 1,0 m da antena o valor encontrado foi de 20,0 W/m<sup>2</sup> (se quisermos
obter os valores teóricos para a densidade de potência de antenas devemos usar
a área efetiva da antena da torre, que difere do cálculo direto de (1)),
mostrando, então o quão perigoso pode ser ficarmos muito próximos das antenas</span>.</span><br />
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoDZQCms6kfSWNj5dZ0T2NecrV2CgiwuUsXkD5j0lC7-bufanv2lY5tiSaiRyVVWiqREarCm75gett5h_GcBIs3Ompo9WrFOxx35p6CDJgSqHvwISW9f0QEyIRCQN08GKbDInLdVket2g/s1600/figura2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoDZQCms6kfSWNj5dZ0T2NecrV2CgiwuUsXkD5j0lC7-bufanv2lY5tiSaiRyVVWiqREarCm75gett5h_GcBIs3Ompo9WrFOxx35p6CDJgSqHvwISW9f0QEyIRCQN08GKbDInLdVket2g/s320/figura2.png" width="308" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri;">Figura 2.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br />
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Para distâncias grandes,
então, o que temos, em maior parte, são ondas refletidas pelo corpo, do ponto
de vista quântico da interação da matéria com a radiação, podemos tomar como
exemplo, para explicar essa reflexão, o efeito Thompson, onde temos um fóton
com baixa energia interagindo com os elétrons de nosso átomo como quase uma
colisão elástica, ou seja, a energia do fóton emitido é praticamente a mesma do
fóton refletido sem que aja o fenômeno de mudança dos níveis eletrônicos do
elétron ou dos níveis vibracionais de nossas moléculas. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Como eu lhes disse, a maior
parte é refletida, mas uma pequena parte é absorvida pelo corpo e os efeitos
biológicos, vistos de uma maneira macroscópica, dão-se pelo efeito térmico que
surge como resultado da absorção do campo eletromagnético. À parte da potência
que penetra dissipa-se rapidamente com a profundidade, tal absorção é devida,
principalmente ao movimento dos dipolos de água e de íons dissolvidos, mas para
as ondas de rádio a absorção é mínima. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">O
corpo humano absorve com maior eficiência a energia dos campos eletromagnéticos
(CEM) de frequências acima de 100 kHz, podendo ocorrer queimaduras ou catarata
(para os casos, por exemplo, a um metro de distância da antena). É comum a
sensação de aquecimento da orelha durante as chamadas prolongadas ao celular. O
aumento de temperatura no tecido cerebral pelo uso de celulares não ultrapassa
0,1 °C, tornando improvável a ocorrência de efeitos térmicos no sistema nervoso
central (SNC) nessa situação.</span></span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Então onde poderá estar o problema? O que foi dito até agora, foi
apenas um sentido do caminho que as ondas seguem, base-celular, mas existe o
caminho inverso <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">celular-base e este é o
que pode se tornar o mais nocivo à saúde</b>.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Embora, a potência média dos telefones celulares seja em torno de
0,6 W a proximidade das ondas emitidas do telefone do nosso cérebro tem em
média 2,0cm que é muito próximo.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O principal efeito físico envolvido em uma ligação é devido à Lei
de indução de Faraday, que explicarei melhor agora.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: left; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O que a lei de indução de Faraday diz é que a força eletromotriz (fem), ε, induzida é proporcional à taxa de variação do fluxo magnético, ɸ, e matematicamente é expressa por:</span> </span><span style="font-size: 24pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Calibri;">
</span></span></span><span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 24pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: 18pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-size: 16pt;">(2)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTJKJ-MxFCCnJ-WAyRgcSR-WSLvvejZe8-b8KAPXkGM5mZpInkfFvYDZHJI7_dDzxQw5nrGuXQz6UoL-2tW2OtEeWD8MwxgVQSBcYjP5YqLiJHHAgqjrYMJaIofyowC3F5hfNSTVmBrYg/s1600/eq2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="97" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTJKJ-MxFCCnJ-WAyRgcSR-WSLvvejZe8-b8KAPXkGM5mZpInkfFvYDZHJI7_dDzxQw5nrGuXQz6UoL-2tW2OtEeWD8MwxgVQSBcYjP5YqLiJHHAgqjrYMJaIofyowC3F5hfNSTVmBrYg/s200/eq2.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;"> </span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">Observe que esse é o
princípio envolvido em geradores para produzirmos energia elétrica, como
exemplo pode imaginar uma espira de algum material condutor colocado entre dois
imãs. Ao girarmos a espira, trabalho que pode ser realizado através da energia
mecânica de uma queda d’ água, o fluxo magnético, ou seja, a quantidade de
linhas de campo passando, atravessando a espira, esquematizado nas figuras, irá
variar com o tempo e isso levará a uma produção de uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fem</i> induzida. Isto produzirá uma corrente elétrica alternada no
material, levando eletricidade para nossas casas.</span></span><br />
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSu_w_ZzV9wcJ_J8ciI7KjGkJrkqtxg3yYJD8KAnECWjoTlkWhHOVaZgj8oehLBzVUQnx1u1iedFg6lHLcXWNdHJ8pJMVJRBKbZ6yfGqXASF0_RPB-R23JyLcekW2k6EOmg0yThJEbc-g/s1600/figura+3a.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSu_w_ZzV9wcJ_J8ciI7KjGkJrkqtxg3yYJD8KAnECWjoTlkWhHOVaZgj8oehLBzVUQnx1u1iedFg6lHLcXWNdHJ8pJMVJRBKbZ6yfGqXASF0_RPB-R23JyLcekW2k6EOmg0yThJEbc-g/s320/figura+3a.png" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Calibri;">(A)</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-4L2mtKbo7cQaLbOsjSug2jyxEqKnCMezURUhNhiKe-AF9lG0ttznUemwKjPupUAzney4JSGVj0NdGD-zAWEHXdL0a9QgKmsJa5aFaT0doP8FAkK6WEi_qNCMuT4rl0h2yoCwiPAFXA/s1600/figura+3b.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-4L2mtKbo7cQaLbOsjSug2jyxEqKnCMezURUhNhiKe-AF9lG0ttznUemwKjPupUAzney4JSGVj0NdGD-zAWEHXdL0a9QgKmsJa5aFaT0doP8FAkK6WEi_qNCMuT4rl0h2yoCwiPAFXA/s1600/figura+3b.png" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
(B)</div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;">Figura 3 (A: Ilustração
de onde os campos magnéticos são gerados para que possam atravessar a espira,
este esquema não condiz com a realidade, pois não são encontrados na natureza
monopólios magnéticos, ou seja, um imã formado por apenas polo sul ou norte.
Figura 3 (B): ilustração de como seriam as linhas de campo atravessando a
espira.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No referencial dele, são as
linhas de campo que variam e não ele quem gira, promovendo a variação do fluxo
magnético.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Bom, você deve estar se
perguntando</span>, <span style="font-size: 16pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">mas
o que o celular tem a ver com isto?</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;"><span style="font-family: Calibri;">O celular por ser também um
produtor de ondas eletromagnéticas, gera um campo magnético oscilante nas
proximidades de nossa cabeça, mais especificamente no <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">lobo temporal</b>, área do cérebro relacionada com a memória. Podemos
ver de acordo com o que foi mostrado, que correntes elétricas poderão formar-se
nessa região. Essas correntes formadas são correntes circulantes, ou seja,
nascem e terminam em um mesmo ponto e são denominadas <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">correntes parasitas</b>.</span></span><br />
<br />
</div>
<div align="center" class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMN-VqRJRNSZw6aeg7g7zivefiMOh95kOJEZ91FK734uccOvs8SKs0866ZI2yj_8QkaadUOveaK1My6ucpFFD-7TtfYnY-36mcTM-TjHlhVUNR7TyIfKxRwxzHFjWOCOSTzenn03x1cfk/s1600/figura+4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMN-VqRJRNSZw6aeg7g7zivefiMOh95kOJEZ91FK734uccOvs8SKs0866ZI2yj_8QkaadUOveaK1My6ucpFFD-7TtfYnY-36mcTM-TjHlhVUNR7TyIfKxRwxzHFjWOCOSTzenn03x1cfk/s1600/figura+4.png" /></a></div>
<span style="font-family: Calibri;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<span style="font-family: Calibri;">Figura 4</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-bidi-font-size: 10.0pt;">Com isso encerramos os
princípios físicos que podem estar envolvidos nos aparelhos. Vou agora mostrar
alguns resumos de artigos envolvendo os possíveis efeitos nocivos do celular,
mas antes disso quero deixar uma dica para o uso do celular: tente evitar falar
com ele muito próximo de seu rosto, e o cuidado deve ser redobrado com as
crianças, tente usar mais viva voz e fone de ouvido. É apenas uma dica, é uma
escolha de vocês aderirem ou não, tudo isso no futuro talvez não passe de algo
irrelevante e não seja nocivo ao homem, mas pense nisso, e se for? Estamos
vivendo em uma época que a poluição eletromagnética está em alta, algo que o
homem ao longo de sua evolução nunca experimentou, principalmente com os
emissores chamados <i style="mso-bidi-font-style: normal;">wireless,</i> o qual
nas proximidades de sua fonte geram altos campos elétricos e magnéticos e
muitas vezes ficam ao lado de nossas camas</span>.</span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Symbol; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";">
</span></span></span><span style="font-family: Calibri;"><b>O que é SAR?</b> SAR significa Specific
Absorption Rate (taxa de absorção específica), que é a unidade de medição do
nível de energia RF absorvida pelo corpo no momento de uso do telefone celular.
O SAR é determinado, em laboratório, no nível de potência máximo dos aparelhos;
na verdade, o nível real do SAR, no ato da utilização do telefone celular, pode
ficar bem abaixo deste valor. Isto acontece porque o telefone é elaborado de
forma a utilizar a mínima potência necessária, apenas o suficiente para que se
comunique com a rede. Assim, quanto mais próximo você estiver de uma estação
rádio-base (ERB), menor será a taxa de absorção específica (SAR).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Manuais de
alguns aparelhos alertam sobre manter certa distância entre o celular e a
cabeça, mas apenas pelo fato de os fabricantes acreditarem existir uma interferência
provocada pelo aparelho na frequência do cérebro, pois não havia evidências
conclusivas até então do quanto tal exposição pode ser prejudicial.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Por
exemplo, o manual de segurança do iPhone 4, da Apple, recomenda usá-lo a pelo
menos 15mm do cérebro durante a ligação. Já no manual do Blackberry Bold essa
distância aumenta para 25mm. Uma alternativa seria que os usuários adotassem os
fones de ouvido, inclusos no aparelho.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Foi então
que uma pesquisa foi publicada pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://www.nih.gov/"><span style="color: blue;">National Institute of Health</span></a></i> dos EUA, um dos
estudos pioneiros e mais competentes a despeito do tema em questão. Neste
estudo, evidenciou-se que o cérebro sofre sim influência dos CEM emitidos pelos
aparelhos celulares. No estudo, foi comprovado que uma hora de exposição pode
aumentar até em 7% a atividade cerebral. Mas, antes de ir adiante sobre como
funciona esta interferência eletromagnética do celular no nosso cérebro, vou
explicar um pouco como sobre como foram identificadas as ondas cerebrais.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<u><span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">A
descoberta das ondas cerebrais</span></span></u><br />
<br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">"Se a
estimulação elétrica do córtex é capaz de produzir movimentos e sensações,
deveria ser possível registrar correntes elétricas nas porções do cérebro
ativas durante essas funções". Essa localização das correntes, serviria
para identificar as regiões cerebrais envolvidas.</span></span><br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"> </span><span style="font-size: 10pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;">Figura 5. Hans
Berger</span></span><br />
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMbW9mHnsq1lIJ_46tdc8hb8PePBYI-b51k1WwM_dlYH5xN5OLW8Jts9rIy7Xa3EjL5ocpTCStUZ1Vl-7f411J2JSuB0GSvssEpbu9rTEwbdFsGzwAWD0yNYqsDRQwWaJh-QANNQoL7AU/s1600/figura+5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMbW9mHnsq1lIJ_46tdc8hb8PePBYI-b51k1WwM_dlYH5xN5OLW8Jts9rIy7Xa3EjL5ocpTCStUZ1Vl-7f411J2JSuB0GSvssEpbu9rTEwbdFsGzwAWD0yNYqsDRQwWaJh-QANNQoL7AU/s200/figura+5.jpg" width="131" /></a><v:shape alt="Descrição: E:\berger3.jpg" id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_s1026" style="height: 118pt; left: 0px; margin-left: 0px; margin-top: 334.9pt; mso-height-percent: 0; mso-height-relative: margin; mso-position-horizontal-relative: margin; mso-position-horizontal: left; mso-position-vertical-relative: margin; mso-position-vertical: absolute; mso-width-percent: 0; mso-width-relative: margin; mso-wrap-distance-bottom: 0; mso-wrap-distance-left: 9pt; mso-wrap-distance-right: 9pt; mso-wrap-distance-top: 0; mso-wrap-style: square; position: absolute; text-align: left; visibility: visible; width: 77.95pt; z-index: 251658240;" type="#_x0000_t75"><span style="font-family: Calibri;">
<v:imagedata o:title="berger3" src="file:///C:\Users\Adriane\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image007.jpg">
<w:wrap anchorx="margin" anchory="margin" type="square">
</w:wrap></v:imagedata></span></v:shape><v:shape alt="Descrição: E:\berger3.jpg" id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_s1026" style="height: 118pt; left: 0px; margin-left: 0px; margin-top: 334.9pt; mso-height-percent: 0; mso-height-relative: margin; mso-position-horizontal-relative: margin; mso-position-horizontal: left; mso-position-vertical-relative: margin; mso-position-vertical: absolute; mso-width-percent: 0; mso-width-relative: margin; mso-wrap-distance-bottom: 0; mso-wrap-distance-left: 9pt; mso-wrap-distance-right: 9pt; mso-wrap-distance-top: 0; mso-wrap-style: square; position: absolute; text-align: left; visibility: visible; width: 77.95pt; z-index: 251658240;" type="#_x0000_t75"><br /></v:shape><span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Entre 1875 e 1890,
um fisiologista inglês, Richard Caton, e um cientista polonês, Adolf Beck,
observaram através de experimentos que havia diferença de voltagem entre dois
pontos no córtex, mesmo na ausência de estímulos sensoriais havia uma oscilação
espontânea. Mas, estranhamente esta oscilação desaparecia quando os sentidos
eram estimulados, o que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>era ruim para
fins localizacionistas.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Ao tomar conhecimento
das oscilações elétricas espontâneas no cérebro pela leitura dos trabalhos de
Caton e Beck, o alemão<b> Hans Berger</b> (1873-1941) , na década de 1920,
estudando as variações na corrente elétrica detectada no couro cabeludo humano,
descobriu os primeiros sinais de encarnação da mente: ondas cerebrais de 10
ciclos por segundo, que ele chamou de "alfa", e que davam lugar a
ondas menores e mais rápidas, "beta", quando seus voluntários eram
estimulados sensorialmente., concentravam-se ou faziam cálculos mentais.</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">A princípio
Berger foi motivo de escárnio, pois as linhas em ziguezague do
eletroencefalograma eram consideradas mero artefato, mas depois ele começou a
atrair atenção de neurofisiologistas, quando sua descoberta foi comprovada em
1934 pelo prêmio Nobel Lord Edgar Adrian. Com o aval de Adrian, o
eletroencefalograma rapidamente entrou pela porta da frente em vários
laboratórios europeus e norte-americanos. A aplicação experimental e clínica do
eletroencefalograma, após 5 anos, levou a descoberta de outras ondas cerebrais,
sempre associadas a diferentes estados mentais. Em 1936 foram descobertas as
ondas "delta", lentas (1 a 4 ciclos por segundo) e de amplitude duas
a três vezes maior que a das ondas alfa. Estas ondas foram descobertas sobre
lesões cerebrais (a letra D do alfabeto grego faz referência ao <i>d</i> de
doença, degeneração e morte - <i>death</i> - do tecido cerebral).</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Essas ondas
têm, portanto, grande valor diagnóstico na clínica, possibilitando a
localização de abscessos e tumores. Essas mesmas ondas delta também são
encontradas durante o sono profundo.</span></span></div>
<div align="center" style="margin-bottom: 0pt; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCT2qgUpUMqdhf_8XFzOjBwn5d0bZsDOozeWu2Y7ioyWRA-vb79JHhZ46ON3WrWOixzYvLy1agiO4EcF4qsX7lDCLp608E0cWZWsj89dDgDO1FLg6Ct18nWqMyMVo3BB3nf7eMba7N2DI/s320/figura+6.jpg" width="320" /></div>
<span style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Figura 6.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">O
eletroencefalograma é, sem dúvida, um dos exames de grande valor diagnóstico
para a neurologia. Alterações nos padrões das ondas acima citadas, quando a
pessoa está em diferentes fases do sono e em vigília (acordada) podem mostrar
desde distúrbios do sono, como epilepsias e até tumores.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Quando a
OMS publicou seu estudo, que avaliou 14 mil pessoas em 13 países por anos, os
resultados foram inconclusivos, porém mostram sim uma relação entre o uso do
celular e alguns tipos de tumores cerebrais.</span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Neste estudo,
por exemplo, entre os resultados constava que no grupo das pessoas que usaram o
celular durante meia hora todo dia durante 10 anos, havia 15% mais casos de
glioma e 27% mais de meningioma (dois tipos de câncer cerebral).</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Ainda com
estes resultados, um dos autores da pesquisa, Daniel Krewski da Universidade de
Ottawa, afirma possibilidade de distorção do resultado, uma vez que as pessoas
portadoras de tumor podem ter relatado um tempo maior que o uso real e que o
número de pessoas avaliadas foi pequeno para tirar conclusões mais sólidas.<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Calibri;"><span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">Já outros
cientistas como o oncologista Lennart Hardell, da Universidade de Orebro na
Suécia, aceitam como afirmativo o estudo da OMS e de outros grupos, de que o
celular aumenta sim o risco para câncer cerebral. Outras pesquisas serão
realizadas, uma delas envolverá 350 mil usuários de celular e só será concluído
daqui a 20 anos. Você vai esperar para ver ou </span><span style="font-size: 16pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;">vai usar fones de ouvido??</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Desde o
alerta da OMS, outros estudos sobre o tema continuaram sendo realizados, e alguns
deles desmentindo a possibilidade de tumor cerebral "provocado" pelo
uso do celular. Eis um destes estudos:</span></span><br />
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Publicado
pelo <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://aje.oxfordjournals.org/"><span style="color: blue;">American Journal of Epidemiology</span></a></i>,
a pesquisa apontou que o uso contínuo e prolongado não aumenta o risco para um
tumor do nervo auditivo (neuroma acústico). Segundo Joachim Shuz, coordenador
do estudo e membro da Agência para Pesquisa sobre Câncer na OMS, esse tumor
cresce na área do cérebro que absorve a maior parte da energia emitida pelos
celulares. Desta forma, esperava-se que o uso dos celulares aumentasse a
incidência de neuroma do acústico nas pessoas que se submeteram à pesquisa, o
que não aconteceu. </span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Este estudo,
assim como outros, mostra apenas uma correlação entre celulares e tumores no
cérebro, mas nenhum comprova o risco para câncer, de fato. Como foi dito no
início, a exposição a este tipo de radiação e os efeitos que ela pode causar
levam anos, e o crescimento dos tumores também ocorre de forma lenta e pode
demorar mais ainda para que a sintomatologia possa ser associada a um tumor. </span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Mas pensem
a respeito sobre a forma como usam seus aparelhos, ainda mais com os planos com
cada vez mais minutos para você falar. O melhor mesmo é pensar em aderir aos
fones de ouvido.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">Bibliografia:</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">1. Neurociência da mente e do comportamento. ROBERTO LENT</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">2. Journal of Alzheimer Disease - <a href="http://www.j-alz.com/">http://www.j-alz.com/</a></span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-hansi-font-family: Calibri;"><span style="font-family: Calibri;">3. Artigo publicado na Revista Brasileira de Medicina: Controvérsias & Interfaces Efeitos da exposição aos campos eletromagnéticos do telefone celular - Aracy P. S. Balbani e Alberto L. Krawczyk<o:p></o:p></span></span></div>
Adriane e Pedrohttp://www.blogger.com/profile/00434265618822591938noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-14601973657927065622011-10-28T20:58:00.000-07:002012-05-19T12:14:05.978-07:00Cuidado, pseudocientistas por perto!<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Eis </span>que uma teoria “inovadora” ganha repercussão e destaque na mídia. Finalmente ciência e religião farão as pazes?? É o que tenta propor a palestra do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, com um discurso “cativante”, porém sem fundamento, daqueles que enchem os ouvidos dos leigos, mas desapontam os verdadeiros cientistas. Buscando encontrar um centro físico para a alma ou espírito, atribuindo à glândula pineal funções místicas, o Dr. Sérgio vem ganhando fama com uma série de equívocos que passam despercebidos, mas que doem no coração de quem realmente entende do assunto. Afinal, Dr. Sérgio, a glândula pineal calcifica ou não? Junqueira e Carneiro já sabiam essa resposta, bem como Guyton e outros.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Antes de mais nada, para quem queira saber o motivo desta publicação, segue o site da palestra: <a href="http://www.youtube.com/watch?v=IcJw4-Ccbss&feature=email">http://www.youtube.com/watch?v=4walu-hO9fQ</a><br />
ou <br />
http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2009/07/10/dr-sergio-felipe-de-oliveira-palestra-ciencia-e-espiritismo-doencas-e-mediunidade-editoria/ </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
E, abaixo, um texto esclarecedor explicitando alguns dos equívocos sobre física do Dr. Sérgio:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Em primeiro lugar, gostaria de dizer que não só a matéria, como a anti-matéria existem, o fato de enxergamos o mundo ao nosso redor não é só devido à existência de luz, ou melhor dizendo, fótons, que são partículas desprovidas de massa, mas também pela existência da matéria, afinal o que nós vemos é o produto da interação da matéria com a radiação. Quando o Doutor satiriza que temos que ter muita fé para acreditar em algo que não podemos tocar e ver, o senhor está se limitando a incapacidade humana, que interage com o universo através das interações eletromagnéticas. Para percebemos a existência da matéria ao nosso redor, devemos analisar seus rastros pelo Universo, como a deformação de espaço causada pela massa, ionização de átomos entre outros. Para este ponto sugiro que o senhor estude um pouco sobre partículas e o senhor constatará a existência de uma infinidade de matérias diferentes.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Porque a matéria é uma extensão de onda- partícula e é limitada pela visão clássica que temos do mundo.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Um segundo ponto que devemos analisar é que o senhor diz que a Ciência e a filosofia são limitadas pela razão. E eu lhe digo: elas vão muito além! A ciência confirma a existência de coisas que não podemos ver nem tocar e vai contra a nossa razão, como radiação eletromagnética invisível ao nossos olhos, que é por muitas vezes citado em suas palestras, como neutrinos atravessando o nosso corpo a todo instante.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Além disso, existem teorias, como a teoria das cordas que prevê dimensões extras para o universo, isso é dado pela razão? A teoria quântica prevê universos paralelos…e assim por diante. </div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Desde a Filosofia dos Pré-socráticos o homem vem constatando a existência de coisas que não podia ver nem tocar de maneira brilhante, frases como ” é impossível que algo venha do nada”…”se tudo tivesse surgido, antes nada poderia ter sido” ditas por Xenófanos De Colofão. Sócrates, um grande defensor da ciência, diz que opiniões que não sejam baseadas na ciência são vazias, e defendia como matéria básica para um verdadeiro filósofo, que busca a verdade, conhecer a matemática, o único meio de se obter ao verdadeiro conhecimento, pois ele já sabia que não podíamos confiar nos nossos sentidos. Com sua razão, sem defender nenhuma religião mostrou o que é um homem justo.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Um outro ponto que Sócrates afirma, é a existência da alma como algo que não pode ser criado e nem destruído, e como o senhor de maneira exata diz nas palestras que a consciência deve vir de algo fora do corpo. Mas, neste caso eu lhe indago, se a alma está de acordo com o que Sócrates afirma, como pode haver um criador?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Quando diz que a ciência e a filosofia são limitadas pela razão, o senhor retira a grandeza de que tudo isto é, e ainda pode retirar o desejo de quer conhecê-las a fundo, pois se ela é limitada e o espiritismo não, vou direto para o ilimitado, certo? Assim como Sócrates, acredito que todo o entendimento das coisas se dão através delas, e mais o nosso maior objetivo aqui na Terra é aprender e conhecer a verdade.</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
E uma curiosidade qual é a faixa de frequência captada pela glândula pineal que vem dos espíritos?</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 20.4pt; text-align: justify;">
Agora, para melhor esclarecer outros aspectos levantados na palestra sobre a glândula pineal, segue o artigo do Dr. Iso Jorge Teixeira, caso ainda tenham dúvida sobre a veracidade das afirmações do Dr. Sérgio Felipe.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-size: 14pt;">Da Glândula Pineal à Sensibilidade Espiritual (II)</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Nova análise científica e crítica das heresias científicas e distorções doutrinárias</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A excelência do Espiritismo está em seu tríplice aspecto: filosófico, científico e moral-religioso. Sem a base de sustentação filosófica, o Espiritismo desmoronar-se-ia; sem o aspecto científico seria um amontoado de fenômenos curiosos e um estímulo à superstição; sem o aspecto moral-religioso, não consolaria ninguém, seria um materialismo disfarçado; enfim, aplica-se aqui o pensamento: “A Ciência sem a religião é aleijada. E a religião sem a Ciência é cega” (A. EINSTEIN. Escritos da maturidade. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1994, p. 30).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Em todos os nossos escritos, sempre, procuramos encarar o ser humano com uma visão antropológico-existencial, com uma visão do todo do Homem, em suas dimensões orgânicas, psicológicas, socioculturais e espirituais. Felizmente, os nossos leitores estão entendendo isso. Assim, citaremos algumas correspondências enviadas e desenvolveremos um tema, para esclarecer o leitor e demonstrar a importância da integração que deve haver no pensamento de todo verdadeiro espírita…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> No dia 04/04/03, uma inteligente jornalista dirigiu-nos a seguinte carta eletrônica:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “Dr. Iso (Jorge Teixeira), tudo bem? Depois de um bom tempo, volto a lhe pedir ajuda, esperando que tudo esteja bem com você. Minha pergunta é simples e direta: ‘o que há de tão importante na glândula pineal?’ O que há nela de esotérico, de científico e de ‘Kardec’?</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Abraços, estou com saudades de suas respostas</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> ELIANA (FERRER HADDAD), São Paulo – SP </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Respondemos à nossa leitora em artigo publicado na revista UNIVERSO ESPÍRITA (Ano I, nº 2, julho / 2003, p. 20- 23) e desenvolveremos, aqui, o que dissemos lá…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> </i><b><i><span style="font-size: 12pt;">Aspectos físicos e químicos da glândula pineal</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A glândula pineal, também chamada epífise do encéfalo, era pouco conhecida em suas funções e até bem pouco tempo tem sido considerada como um órgão em involução.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A glândula pineal está localizada abaixo de uma porção do corpo caloso, uma estrutura localizada, digamos, quase no centro do encéfalo (Fig. 1). É coberta por uma lâmina de tecido corióide do 3.º ventrículo cerebral e, em geral, está calcificada, em adultos; por isso, pode ser visualizada radiograficamente (Fig. 2).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> A glândula pineal pesa cerca de 140 a 200 mg; portanto, é uma glândula bem pequena e comumente calcificada, sugerindo ser verdadeira, em parte, a idéia de que é um órgão em involução, em extinção. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i>Vejamos o que nos diz a respeito o célebre livro de eminentes fisiologistas:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “(…) Sabe-se, a partir da anatomia comparada, que a glândula pineal é um remanescente vestigial do que era um terceiro olho na parte de trás da cabeça, em animais inferiores. (…)” (GUYTON & HALL. Tratado de FISIOLOGIA MÉDICA. Edit. Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro, 1997, p. 922).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh004uiVKpsuJbjP2uRDVr3kWuMRccZlmJ4RXg3bNXwcyDgpzeX5Cf8FAJ2Wfgubra16Y_LLYKAQiSXu4qFauPtpDqfazjZpBk5mVBcDH94wy7IJjJGh2f0hEIzCGFXdR5eR48deWChOpBT/s1600/ff.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh004uiVKpsuJbjP2uRDVr3kWuMRccZlmJ4RXg3bNXwcyDgpzeX5Cf8FAJ2Wfgubra16Y_LLYKAQiSXu4qFauPtpDqfazjZpBk5mVBcDH94wy7IJjJGh2f0hEIzCGFXdR5eR48deWChOpBT/s400/ff.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Estudos recentes vêm demonstrando a “participação” da pineal no controle das atividades sexuais e de reprodução, especialmente, no que diz respeito ao aspecto dos chamados ritmos circadianos. Vejamos o texto do livro de GUYTON (op. cit., p. 922):</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “(…) Em animais inferiores que têm seus filhotes em certas estações do ano e nas quais a glândula pineal foi removida ou os circuitos nervosos da glândula pineal foram seccionados, os períodos normais de fertilidade sazonal são perdidos. Para estes animais esta fertilidade sazonal é importante porque permite o nascimento de uma prole numa época do ano em que a sobrevivência é mais provável.(…)”</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> E os importantes fisiologistas ensinam-nos:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “O mecanismo deste efeito não está inteiramente esclarecido, mas parece ser o seguinte: Primeiro, a glândula pineal é controlada pela quantidade de luz ou pelo ‘padrão temporal’ da luz vista pelos olhos a cada dia. Por exemplo, no hamster, escuridão maior que de 13 h de duração, a cada dia, ativa a glândula pineal, enquanto uma quantidade menor que esta escuridão deixa de ativá-la. (…). Segundo, a glândula pineal secreta melatonina e várias outras substâncias semelhantes. Acredita-se, então, que a melatonina ou uma das outras substâncias vai, por meio do sangue ou do líquido do 3.º ventrículo,vai para a glândula hipófise anterior, para diminuir a secreção do hormônio gonadotrófico.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> E concluem, então, o esclarecimento de mecanismo tão complexo:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Assim, na presença de secreção da glândula pineal, a secreção do hormônio gonadotrófico é suprimida em algumas espécies de animais, sendo as gônadas inibidas e, mesmo, parcialmente involuídas. Isto é, presumivelmente, o que ocorre nos primeiros meses do inverno, quando a escuridão é crescente. Mas, depois de quatro meses de disfunção, a secreção do hormônio gonadotrófico supera o efeito inibitório da glândula pineal e as gônadas tornam-se novamente funcionais, pronta para uma primavera de plena atividade”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> Enfim, estudos mais recentes demonstram que a pineal estaria ligada aos ritmos circadianos, isto é, aos ritmos vitais, que se repetem quase matematicamente: sono/vigília; períodos de cio e de reprodução, como vimos, etc. Mas, ainda estamos longe de transportar esses achados científicos nos animais inferiores para o ser humano…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10pt;"> </span></i><b><i><span style="font-size: 12pt;">A pineal e o esoterismo</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Do ponto de vista esotérico, a glândula pineal funcionaria como um “terceiro olho”, isto é, como uma zona – um chacra – localizada acima e entre os olhos, zona esta que seria responsável pelas nossas intuições transcendentes, pela nossa expansão de consciência.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1dhZMn7qHKElnltjLh8j8C9ED8SkvI2ucxw5KvjQzDCph3TyJc5Ooiioec-RiWR9Yx2gtkpQIJu7Q6ZRQrvJRH6Ou6v707l43oJg6gQmL-nc4Ql1heA9mnNEg94O1oY0qeEYz2lApIqPB/s1600/ddd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1dhZMn7qHKElnltjLh8j8C9ED8SkvI2ucxw5KvjQzDCph3TyJc5Ooiioec-RiWR9Yx2gtkpQIJu7Q6ZRQrvJRH6Ou6v707l43oJg6gQmL-nc4Ql1heA9mnNEg94O1oY0qeEYz2lApIqPB/s200/ddd.jpg" width="131" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O “terceiro olho” nos animais inferiores era uma realidade e tinha um a razão de ser, mas no Homem é uma concepção mística, esotérica, nada tem de científica.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Imagem extraída de José Antonío García Segovíano y Rafael Campos Rodríguez Internet.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Interessante notar que, desde milhares de anos, a pineal está presente na escala dos vertebrados, dizem alguns estudiosos. Sobre ela foi dito: “(…) No limite da ciência moderna é considerada fotossensitiva, paralelamente é psicosensível, pois a meditação transcendental realça suas funções. Só uma coincidência? Talvez, porém, assombrosa.” (Jose Antonío García Segovíano y Rafael Campos Rodríguez . La Glándula Pineal y sus Efectos en el Sistema inmunológico. Maio/Junho-1997-Internet).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Certamente, há uma assombrosa coincidência ante a admissão, pela remota Antigüidade, da função da pineal como terceiro olho, misticamente concebida pelos esotéricos e a existência, real, de um 3.º olho remanescente, fotossensível, nos animais inferiores; entretanto, a nossa discordância na concepção esotérica é o fato de querer-se materializar um aspecto do Homem que é eminentemente espiritual e, em pleno século XXI, atribuir-se funções espirituais, misticamente, a uma glândula com funções ainda obscuras, mas, certamente, com caráter físico e químico indubitáveis, isto é, nada espirituais…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-size: 12pt;">A pineal e os filósofos</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Acreditamos em que a glândula pineal não é a “sede da alma”, como muitos confrades advogam, baseando-se em leitura ligeira de PLATÃO; porque, a concepção platônica de imortalidade da alma não tem nenhuma relação com aspectos materiais, ela é eminentemente metafísica, basta que se estude a Doutrinas das Idéias do filósofo grego…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> O filósofo RENÉ DESCARTES, este sim, defendeu a tese de que na pineal estaria a sede da alma… Nos últimos dos seus trabalhos publicados durante sua vida, saiu a lume, em novembro de 1649, poucos meses antes de sua morte (cf. IVAN LINS. DESCARTES – Época, vida e Obra. Liv. São José Edit., 2 ed., Rio de Janeiro – GB, 1964, p. 340). Esta última obra foi intitulada Tratado das Paixões da Alma. Aqui e numa carta a MEYSSONIER, médico de Lyon, disse DESCARTES sobre a pineal:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “A razão que me leva a crer seja essa glândula a sede da alma é não encontrar, em todo o cérebro, nenhuma outra parte que não seja dupla [grifos nossos]. Ora, não vendo senão uma única cousa com os dois olhos, não ouvindo senão um mesmo som com os dois ouvidos, e, enfim, não tendo nunca senão um pensamento ao mesmo tempo, é absolutamente necessário que as impressões, que nos chegam através dos olhos, dos ouvidos, etc., se unam em alguma parte do corpo para serem aí consideradas pela alma.”</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> E o grande filósofo conclui a sua argumentação:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “Ora, não podemos encontrar nenhuma outra nestas condições, em toda a cabeça, senão a glândula pineal, que se acha, além do mais na situação mais adequada para esse fim, isto é, no meio, entre todas as concavidades, sustentada e cercada por pequenas ramificações das carótidas, que trazem os espíritos (a) ao cérebro”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> (a)- Os espíritos, na concepção de DESCARTES, eram as partes mais sutis e voláteis do sangue (cf. op. cit., p. 341).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Enfim, as idéias de RENÉ DESCARTES, apesar de arrojadas para o seu tempo, baseadas anatomicamente, demonstram que o grande sábio errou redondamente, pois sabemos hoje que a glândula pineal não é a única que não é dupla, pois também a HIPÓFISE também é ímpar, única, no centro do cérebro… A propósito, disse JULES SOURY sobre DESCARTES neste particular:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “Tal sábio pode ter errado, tanto quanto Aristóteles, no atinente à sede da alma. Fez, contudo mais, a propósito da teoria das sensações, das paixões e da inteligência, do que os mais exatos anatomistas e os fisiologistas de qualquer tempo.” (cf. op. cit., p. 340).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Portanto, prezados confrades, a tese dos filósofos citados quanto à localização da sede da alma não tem nenhuma sustentação na realidade anatômica nem fisiológica, erraram os filósofos neste particular…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> </i><b><i><span style="font-size: 12pt;">A pineal e a concepção espírita</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A alma – Espírito encarnado – não tem localização precisa em nenhum órgão de nosso corpo [a propósito, sugerimos que se leia, com atenção, as respostas das questões 140 e 141 de O Livro dos Espíritos (OLE)] e, especificamente, a questão 146 de OLE é bem esclarecedora, na qual KARDEC pergunta:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A alma tem, no corpo, uma sede determinada e circunscrita ?</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> E a resposta da Espiritualidade Superior não nos deixa dúvidas:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> — Não. Mas ela se situa mais particularmente na cabeça, entre os grandes gênios e todos aqueles que usam bastante o pensamento e no coração dos que sentem bastante, dedicando todas as suas ações à Humanidade.”(grifos nossos).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Conclui-se, doutrinariamente, que a alma não deve ser localizada, anatomicamente, pois neste particular não há nenhuma relação entre cabeça e coração. Além disso, não devemos confundir fluidos vitais (matéria quintessenciada) com Espírito (cf. resp. à questão 146-A de OLE).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Outros confrades querem atribuir à pineal a função de “centro da mediunidade”, baseados em informes mediúnicos, não-controlados pelo criterium da concordância universal dos ensinos dos Espíritos. Também esta é uma teoria que, a nosso ver, não tem nenhuma sustentação científica e filosófica… Se a mediunidade baseia-se nos “fluidos” perispirituais, e na sua combinação, por que localizá-la? E, numa glândula?! Materialmente!!</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> O padre QUEVEDO afirmava haver um local de captação hiperestésica de sons, estímulos visuais, etc. – que independeria de distância; tal local seria o epigástrio, ou seja, aquela região conhecida popularmente como boca do estômago. Dizia o “parapsicólogo”, inconseqüentemente:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> “(…) A importância do epigástrio deve ser destacada em Parapsicologia. A hiperestesia é especialmente freqüente nesta região do corpo.” (QUEVEDO, OSCAR GONZÁLEZ. A Face Oculta da Mente. Ed. Loyola, 6 ed., São Paulo, 1965, p. 59).</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A tese do padre QUEVEDO é literalmente indigesta e a dos confrades, relacionando mediunidade com glândula pineal, acima referida, muito se assemelha à do padre, difere somente na localização… Em nosso modo de entender, ambas são errôneas e sem nenhuma constatação científica…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> As teses do Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA, de São Paulo, por exemplo, não resistem a uma análise com o mínimo de rigor científico… Muito citado no movimento espírita como “cientista” e “pesquisador da pineal”, suas afirmações, as mais banais, são CONTRADITÓRIAS e, por vezes, PSEUDOCIENTÍFICAS… Assim, ora ele diz que a pineal “não se calcifica” (cf. resposta numa entrevista a PAULA CALLONI DE SOUZA , do IPPB (Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas), na Internet, quando perguntado: “É verdade que a pineal se calcifica com a meia-idade? E essa calcificação prejudica a mediunidade?”</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> ”Não, a pineal não se calcifica – afirmou o Dr. SÉRGIO FELIPE -; ela forma cristais de apatita, e isso independe da idade. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de seqüestrar o campo eletromagnético.(…)”. E ora o Dr. SÉGIO FELIPE afirma o contrário, isto é, que a pineal “se calcifica”, como aconteceu em sua entrevista na Cidade do Porto, Portugal, publicada no JORNAL DE ESPIRITISMO (órgão da Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal – ADEP, ano I , n º 2, Janeiro / Fevereiro de 2004, pág. 11, quando perguntado se “A glândula pineal altera-se com a idade”? Eis a resposta do contraditório pesquisador:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> “De facto, ocorre a biomineralização da glândula pineal, ela calcifica-se. (…)”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Tal contradição é inconcebível num homem que se diz “pesquisador”!! Mas, não é só isso, seus argumentos são pseudocientíficos; por exemplo: ele afirma que teria encontrado “cristais de apatita” na pineal em suas “pesquisas científicas”, como se tivesse descoberto a pólvora!… Ora, a APATITA é, por definição, “fosfato de CÁLCIO NATURAL, hexagonal, contendo flúor e cloro, que se encontra nas rochas eruptivas ou metamórficas e no TECIDO ÓSSEO”, basta que se consulte um bom dicionário ou uma boa Enciclopédia… Ou seja, a APATITA é componente NATURAL de QUALQUER tecido ÓSSEO, ou seja, é um sinal de CALCIFICAÇÃO. Portanto, a PINEAL CALCIFICA-SE, SIM, e isto é um indício relevante de que a glândula está em INVOLUÇÃO… Basta que se radiografe o crânio de uma pessoa para que lá encontremos a PINEAL, calcificada; ou seja, a componente APATITA na pineal é conhecida há muitos anos, não é resultado de pesquisa recente e muito menos do pesquisador Dr. SÉRGIO FELIPE DE OLIVEIRA… Não há nada de místico nos cristais de apatita, como as elucubrações contraditórias e pseudocientíficas do Dr. SÉERGIO FELIPE faz pressupor aos desavisados…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Concluindo, é nossa opinião, a glândula pineal é um órgão em involução, em extinção no Homem; pois na evolução física deste, ela vem perdendo, progressivamente, as funções que exerciam e exercem nos animais inferiores. É um órgão de pouco peso no Homem, tanto anatômica quanto fisiologicamente e isso nos parece mais ou menos claro, pois a sexualidade e reprodução do Homem atual não precisam ser controladas por um órgão; o Homem possuindo o livre-arbítrio, não necessita de cio e pode, perfeitamente, controlar a reprodução.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> A Providência Divina é sábia e um órgão em extinção em vez de, aparentemente, contrariar a perfeição divina, vem confirmar que tudo se liga e se encadeia, harmoniosamente, na Natureza…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> As indagações da Sra. ELIANA FERRER foram sucintas e simples, mas a nossa resposta tinha de envolver aspectos científicos complexos, numa visão pluridimensional do Homem; parece-nos que deveríamos sempre avaliar os fenômenos humanos, sob esta visão do todo.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> A importância da base filosófica em nossas vidas</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>No dia 13/03/03 recebemos o seguinte mail: “Sr. Iso, li seu artigo “O deslumbramento das flores e a fragilidade dos homens” e fiquei verdadeiramente emocionada. Procuro estudar a doutrina e vou sempre a um Centro Espírita perto de minha casa. E quanto mais estudo mais percebo o quanto há para aprender e peço a Deus que me auxilie para que o meu aprendizado seja de alguma valia. Pretendo estudar, como o senhor, Psicologia e quem sabe possa trabalhar melhor quando entender, ainda que um pouco, tudo o que a doutrina oferece. Agradeço sua contribuição.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Viviane</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i>O artigo a que a leitora se refere foi título de capa de O SEMEADOR (jornal da FEESP) de março/2003, publicado nas págs. 8 e 9. Em nossa resposta preliminar, dissemos: “Nós, sim, ficamos verdadeiramente emocionados com sua mensagem. A sua atitude filosófica é, também, semelhante à de SÓCRATES, que dizia, com outras palavras, que a verdadeira SABEDORIA é saber que não se sabe algumas coisas, daí a importância do ESTUDO constante e isso tentamos transmitir ao leitor e a Sra. entrou em sintonia com nosso pensamento… Mensagens como a sua são muito gratificantes e são indícios de que estamos no caminho certo”. A seguir solicitamos a Cidade e Estado da leitora.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> Em resposta de 16/04/03, dentre outras coisas, ela acrescentou: (…) Estou lendo um livro que se chama “Fédon – diálogo sobre a alma e morte de Sócrates” e acho muito interessante que mesmo tanto tempo antes da vinda de Cristo, Sócrates já tivesse uma idéia tão ampla sobre a imortalidade da alma e como ele passava isso aos seus discípulos. (…) gostaria de dividir essa alegria. A alegria da descoberta, do conhecimento e como sou apaixonada por leitura, gosto de dividir o que encontro por aí. A propósito, se souber de um bom livro, por favor, indique-me. Tenha um bom feriado de Páscoa. </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Um abraço</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> VIVIANE SOUZA - Cotia – SP</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Dissemos à estudiosa leitora que continuasse a ler SÓCRATES e PLATÃO, pois está bem acompanhada e que a sua alegria do conhecimento sempre existe naquelas pessoas que buscam o crescimento espiritual e a Filosofia é a base de todo conhecimento verdadeiro e, em SÓCRATES, ressalta-se a necessidade do cumprimento do oráculo: “conhece-te a ti mesmo”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Depois de ler PLATÃO, ou paralelamente, seria interessante ler os 12 (doze) volumes da Revista Espírita, Jornal de estudos psicológicos, de ALLAN KARDEC (existe uma tradução da EDICEL), que é um estudo suave e variado do “laboratório” de KARDEC e da visão do Espiritismo em seu tríplice aspecto. É uma leitura simultaneamente amena e informativa e de importância fundamental para o verdadeiro espírita.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> A carinhosa manifestação da leitora parece-nos demonstrar que a Ciência Espírita não pode abdicar dos princípios filosóficos verdadeiros, eternos, de ontem e de hoje e os aspectos filosóficos do Espiritismo sempre estiveram e estarão presentes em nossos artigos, daí, talvez, a sintonia da leitora…</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Manter o quotidiano em perspectiva espiritual</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
<i> No dia 03/04/03 recebemos uma tocante mensagem em E-mail:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Caro Iso, parabéns pelo texto escrito para O SEMEADOR .</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Obrigado pela linda leitura dos ensinamentos de Jesus. São textos como estes que nos ajudam a manter nosso cotidiano em perspectiva (espiritual) não deixando que esqueçamos do que realmente somos.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> Abraços,</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> FERNANDO SPALDING - São Paulo – SP</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O texto a que se refere o leitor é o mesmo referido pela leitora VIVIANE.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>São mensagens com a delicadeza como a desses leitores, que nos deixa verdadeiramente sensibilizados, pois elas nos dão a certeza de que a visão espírita de um homem-de-Ciência, como nós, deve atingir o seu aspecto tríplice e parece-nos que estamos atingindo os nossos objetivos, que são o de esclarecer e consolar sempre que possível e, usando as palavras do confrade FERNANDO, manter o quotidiano do leitor em perspectiva espiritual, independentemente de classe social.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Certamente, não foi a glândula pineal do Sr. FERNANDO SPALDING nem das Sras. VIVIANE e ELIANA que os inspiraram a nos escrever, nem foi a nossa que viu na mensagem de ambos um aspecto transcendente. Obrigado aos três pela oportunidade que nos proporcionaram para esclarecer o leitor e tentar mantê-lo em perspectiva espiritual quotidiana à luz da Ciência Espírita, sustentada por tão grandiosa Filosofia. Como disse o Espírito VERDADE no cap. VI, item 5 “in fine”, de O </i><i>Evangelho segundo o Espiritismo:</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>“Espíritas: amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>O Espiritismo rasga o véu da ignorância e consola o coração dos homens.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> </i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB_z67Lu6ToHooND_4d08bkuuUef-yUwXfrzDPPG_rrv0gpUNgzUq0aoaSAcVJ0RhKgqpphKsM_VwCXGKqPdyqn9xzBIo3H4jaCZAE0isnhgSSN41WTzrbgwyHQwryMTk_Dbre5MYsHLXV/s1600/gg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiB_z67Lu6ToHooND_4d08bkuuUef-yUwXfrzDPPG_rrv0gpUNgzUq0aoaSAcVJ0RhKgqpphKsM_VwCXGKqPdyqn9xzBIo3H4jaCZAE0isnhgSSN41WTzrbgwyHQwryMTk_Dbre5MYsHLXV/s200/gg.jpg" width="148" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">OS COMEDORES DE BATATAS. VINCENT VAN GOGH. 1885</span> </i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Um grupo de pessoas simples em torno da mesa onde fumega um único prato de batatas; os rostos e as mãos marcados pelo trabalho e cansaço.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i> QUALQUER QUE SEJA A NOSSA CLASSE SOCIAL DEVEMOS MANTER O NOSSO QUOTIDIANO EM PERSPECTIVA ESPIRITUAL</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<pre style="text-align: right;"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">* Dr. Iso Jorge Teixeira</span></b></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre style="text-align: right;"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"> Livre – Docente de Psicopatologia e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da</span></b></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre style="text-align: right;"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"> Universidade do Estado do Rio de Janeiro.</span></b></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre style="text-align: right;"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"> E-mail: </span></b><a href="mailto:isojorge@bighost.com.br"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">isojorge@bighost.com.br</span></b></a><span class="MsoHyperlink"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"></span></b></span></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre style="text-align: right;"><span class="MsoHyperlink"><b><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"><span style="text-decoration: none;"> </span></span></b></span></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";"> </span></span></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Só para deixar claro, o objetivo desta postagem não é afrontar opiniões, </span></span></i><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">é mostrar que a ciência não se faz com meros </span></span></i></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">discursos e nem com inspirações religiosas, menos ainda defender crenças. </span></span></i><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">Como disse um conhecido meu, que frequenta um centro </span></span></i></pre>
<pre><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">cardecista, “sou um eterno questionador, o fato de acreditar, </span></span></i><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">já limita completamente minha visão”. Sejamos todos eternos questionadores , </span></span></i></pre>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<pre><i><span class="MsoHyperlink"><span style="font-family: "Calibri","sans-serif";">procurando não só o conhecimento, mas propagando a verdadeira ciência.</span></span></i></pre>
</div>Pedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-85093722427577258892011-10-20T16:23:00.000-07:002011-10-20T16:23:43.260-07:00E assim caminha a humanidade...<span style="font-family: Calibri;">Aproveitando o assunto do momento, a morte de Kadafi, vou
deixar um texto para que todos reflitam. Os homens “bons” matam os “maus”, seus
inimigos, e os exibem mortos como um troféu! Para que sirva de exemplo? Para
mostrar que tirania tem fim apenas com mais violência? O caso Kadafi é um caso
de repercussão, como o de Bin Laden e outros. Os grandes jornais anunciam a
comemoração da morte de Kadafi! Isto é triste! Mas, a guerra civil cotidiana
entre policiais e bandidos, entre favelas, facções, no mundo inteiro...olho por
olho, e todos estão cegos! <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Sócrates em conversa com Critóbulo:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri;"><em>“Os
homens têm naturalmente o sentimento da amizade. Necessitam uns dos outros,
rendem-se à piedade, socorrem-se mutuamente, compreendem-se e se mostram
gratos. Mas possuem também o sentimento de inimizade. Quando suas idéias sobre os
bens e os prazeres são as mesmas, lutam por alcança-los. Quando divididos pelas
opiniões, combatem-se uns aos outros: a guerra nasce da disputa e da cólera; a
malevolência, dos desejos ambiciosos; o ódio, da inveja. Mas a amizade vence
todos os obstáculos para unir os corações virtuosos: é que, graças à virtude,
preferem os homens possuir em paz haveres moderados a tudo dominar pela guerra.
Com fome ou sede, cordialmente dividem os alimentos e a bebida. Cobiçosos de um
belo objeto, sabem resistir a si próprios para não afligir aqueles que devem
respeitar. Não tomam das riquezas senão sua parte legítima. Sabem resolver suas
divergências não somente sem prejudicar-se, mas ainda com mútua vantagem, e
impedir a cólera de ir até o rompimento.”<o:p></o:p></em></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: Calibri;">Uns
comemoram, eu lamento! Lamento a falta de piedade de uns, e a falta de
sabedoria de outros, o que leva à guerra, à morte, ao nada! Se a única saída é
matar, matemos, então? Se matamos, comemoramos? A crueldade de uns, justifica
mesmo a crueldade dos outros?<o:p></o:p></span></div>Adrianehttp://www.blogger.com/profile/04963483314951212022noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-88147239841477084112011-09-05T19:13:00.001-07:002011-09-06T20:02:58.069-07:00Dor<br />
<span xmlns=""><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioStFBLJg0gehkBpfzWnpUoOkTVNBBAetZHXhP3rtIxrQxNhzAwthOUzMfL7NZW9yElcTsWdinb-0VD7LEoyOe6Z9YlOT9ey-PqBngFr5uRU_DD55xcHlbxzQt3bfKE5krk9diCv0phKx2/s1600/o-grito-edward-munch-1893.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioStFBLJg0gehkBpfzWnpUoOkTVNBBAetZHXhP3rtIxrQxNhzAwthOUzMfL7NZW9yElcTsWdinb-0VD7LEoyOe6Z9YlOT9ey-PqBngFr5uRU_DD55xcHlbxzQt3bfKE5krk9diCv0phKx2/s400/o-grito-edward-munch-1893.jpg" width="325" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Resolvi escrever sobre dor, pois sendo estudante de medicina e observando muitas queixas de pacientes, e mesmo por ver pessoas próximas que usam analgésicos indiscriminadamente, julguei importante que todos conheçam mais sobre este assunto. A dor é um fenômeno universal, vivenciado em todas as faixas etárias, níveis socioeconômicos e em todas as situações e ambientes. Sendo assim, vejo de grande importância este tema, pois a dor, quando muito intensa, debilita a pessoa, limita sua vida atrapalhando em vários setores e, muitas vezes, pode levar à depressão, quando então o desespero é tão grande que numa tentativa de eliminar a dor este paciente põe em risco a própria vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quero deixar claro, antes de introduzir o tema, que este texto foi produzido sob uma perspectiva minha, sobre como a Medicina deve ser mais humanizada e priorizando em relação a este aspecto, o tratamento da dor. O conteúdo desta publicação tem como base artigos científicos, estudos em centros especializados, entre outras publicações científicas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Este post está dividido em partes de forma a expor de forma mais clara e didática cada aspecto abordado sobre o tema.</div>
- Breve histórico da dor;<br />
- O que é a dor? Definições e classificação;<br />
- Anatomia e fisiopatologia da dor;<br />
- Fenômeno doloroso;<br />
- A dor como quinto sinal vital;<br />
- Referências bibliográficas pesquisadas.<br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; text-decoration: underline;"><strong>Um pouco sobre a história da dor:</strong></span><br />
<div style="text-align: justify;">
Para quem gosta de história, este trecho é muito interessante. Semestre passado, fiz um curso com um grande mestre, Prof. Nader Wafae, na minha faculdade sobre História da Medicina e através deste curso pude perceber a importância que tem sabermos contextos históricos para entendermos as culturas dos antigos povos e respeitarmos as diferenças culturais entre as populações atuais. Portanto, quando eu escrever sobre determinados temas, julgo de alta relevância fazer um parênteses sobre a história. Encontrei um trabalho sobre história da dor muito bom mesmo, mas para não me estender muito, segue apenas o trecho abaixo:</div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<em>"No Antigo Egito, nos povos pré-colombianos, assim como em outras civilizações, a dor era interpretada de forma mística. Para estes povos, ter dor significava a presença de espíritos malignos no corpo, que entravam pelas orelhas ou narinas. </em></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<em>Já na antiga China, o Imperador Shen Nung (2800 a.C.) era grande conhecedor do uso medicinal de ervas e no tratamento da dor. A farmacopéia chinesa incluía efedrina, ginseng (usado como calmante), "willow plant", que contém ácido salicílico (útil na dor reumática), e a "wort" siberiana (antiespasmódico utilizado no alívio às lombalgias). Duzentos anos mais tarde, Huang Ti (2600 a.C.) descreveu a acupuntura no tratamento da dor, cujo objetivo era o de corrigir o desequilíbrio do yin yang através da inserção de agulhas em meridianos do corpo. </em></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<em>Mas, foi com a Grécia clássica que os primeiros passos na busca por uma explicação racional da dor ocorreu. Hipócrates de Cós rejeitou as teorias mágicas e religiosas, então em voga, e pautou-se na observação clínica de que as enfermidades eram desvios dos processos naturais por alterações dos "humores" do organismo, cabendo ao médico restaurar o equilíbrio dos mesmos. Hipócrates foi pioneiro em recomendar técnicas de resfriamento e fisioterapia para alívio da dor, introduzir o ópio (base, ainda hoje, dos principais medicamentos que aliviam a dor) e conseguir a supressão da dor cirúrgica por meio de um sistema primitivo de anestesia, através de compressão das carótidas.</em></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<em>Já nessa época a frustração de se lidar com dor prolongada e incurável foi narrada para a posteridade entre 100 e 200 d.C. pelo médico e filósofo Areteo de Capadócia, que dizia que os médicos deveriam usar compaixão ao cuidarem de um portador de doença grave irreversível</em></div>
</blockquote>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<em>A medicina de Galeno influenciou todo o mundo antigo até dois séculos depois de Cristo. Em mais de 500 escritos ele conciliou tendências antes separadas ou em conflito, aliou Medicina e Filosofia, Anatomia e Fisiologia, estabeleceu diferenças entre tipos de nervos ("cordas de harpa"), atribuiu a dor neuropática à "tensão" e a sua sensação advinda de toda extensão do nervo quando este "se rompia", e classificou as diferentes formas".</em></div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Para quem ainda não leu a publicação do Léo, sobre Ayurveda, indico a leitura pois um dos meus próximos textos vai ser sobre medicina oriental, a visão ocidental da acupuntura).<span style="font-size: 12pt;"><em><br /> </em></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Agora falando um pouco mais da dor na história atual, através de uma aula em multimídia do Dr. Jaime Olavo Marquez, tive acesso a importantes dados que me fizeram compreender melhor como, no decorrer de anos, fatores diversos predispõem pessoas a sentirem dor. O que é colocado como fator determinante para o aumento de pessoas com dor é o <strong>aumento da sobrevida geral.</strong></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 2009, um estudo realizado nos EUA apontou que 12% da população apresentava idade superior a 65 anos (maior que a população atual de adolescentes). Pode então, o leitor neste dado entender como é que o aumento da expectativa relaciona-se diretamente com maior incidência de doenças. Já parou para pensar sobre a qualidade de vida que se tem hoje, e como isso se refletirá daqui a 20, 30 anos?</div>
<div style="text-align: justify;">
Para visualizar o aumento da duração da vida média da população no Brasil, seguem alguns números:</div>
<div style="text-align: center;">
<table border="0" style="border-collapse: collapse;"><colgroup><col style="width: 288px;"></col><col style="width: 288px;"></col></colgroup><tbody valign="top">
<tr style="background: rgb(75, 172, 198);"><td style="border-color: rgb(120, 192, 212) currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212); border-style: solid none solid solid; border-width: 1pt medium 1pt 1pt; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: white;">Ano</span></strong></div>
</td><td style="border-color: rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212) currentColor; border-style: solid solid solid none; border-width: 1pt 1pt 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: white;">Média da duração da vida</span></strong></div>
</td></tr>
<tr style="background: rgb(210, 234, 241);"><td style="border-color: currentColor currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212); border-style: none none solid solid; border-width: medium medium 1pt 1pt; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #45818e;">1900</span></strong></div>
</td><td style="border-color: currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212) currentColor; border-style: none solid solid none; border-width: medium 1pt 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e;">33,7 anos</span></div>
</td></tr>
<tr><td style="border-color: currentColor currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212); border-style: none none solid solid; border-width: medium medium 1pt 1pt; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #45818e;">1940</span></strong></div>
</td><td style="border-color: currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212) currentColor; border-style: none solid solid none; border-width: medium 1pt 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e;">38,5 anos</span></div>
</td></tr>
<tr style="background: rgb(210, 234, 241);"><td style="border-color: currentColor currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212); border-style: none none solid solid; border-width: medium medium 1pt 1pt; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #45818e;">1990</span></strong></div>
</td><td style="border-color: currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212) currentColor; border-style: none solid solid none; border-width: medium 1pt 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e;">66,3 anos</span></div>
</td></tr>
<tr><td style="border-color: currentColor currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212); border-style: none none solid solid; border-width: medium medium 1pt 1pt; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<strong><span style="color: #45818e;">2010</span></strong></div>
</td><td style="border-color: currentColor rgb(120, 192, 212) rgb(120, 192, 212) currentColor; border-style: none solid solid none; border-width: medium 1pt 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #45818e;">70,6 anos</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Com as pessoas vivendo mais, ficam sujeitas a várias doenças e a exposição de vários fatores que podem levar ao aparecimento da dor crônica.</div>
<div style="text-align: justify;">
O segundo fator que levou a maior prevalência dos casos de dor, foi o aumento da sobrevida com relação aos traumas, como por exemplo, os acidentes de trânsito:</div>
<div style="text-align: justify;">
Um levantamento feito na Inglaterra, mostrou que em 1930, ocorreram 4% de óbitos por acidente de trânsito e em 1990, este número caiu para 1,6%. Agora, tente imaginar em uma cidade como São Paulo, quantos acidentes ocorrem anualmente, em que principalmente motoqueiros, pois estão fisicamente mais expostos, não tenho estes dados estatísticos, mas podemos imaginar quantos desses acidentes envolvem vários tipos de lesões e fraturas, cujas consequências perduram por anos.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Outro exemplo de aumento da sobrevida com relação aos traumas, são as guerras mundiais:</div>
<div>
<table border="0" style="border-collapse: collapse;"><colgroup><col style="width: 288px;"></col><col style="width: 288px;"></col></colgroup><tbody valign="top">
<tr><td style="border-color: rgb(79, 129, 189) currentColor; border-style: solid none; border-width: 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;"><strong>1° Guerra</strong></span></div>
</td><td style="border-color: rgb(79, 129, 189) currentColor; border-style: solid none; border-width: 1pt medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;"><strong>2° Guerra</strong></span></div>
</td></tr>
<tr style="background: rgb(211, 223, 238);"><td style="border-left-color: currentColor; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: currentColor; border-right-style: none; border-right-width: medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;"><strong>234.300 feridos</strong></span></div>
</td><td style="border-left-color: currentColor; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: currentColor; border-right-style: none; border-right-width: medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;">572.027 feridos</span></div>
</td></tr>
<tr><td style="padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;"><strong>14.500 óbitos</strong></span></div>
</td><td style="padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;">25.493 óbitos</span></div>
</td></tr>
<tr style="background: rgb(211, 223, 238);"><td style="border-bottom-color: rgb(79, 129, 189); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: currentColor; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: currentColor; border-right-style: none; border-right-width: medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;"><strong>(6,3%)</strong></span></div>
</td><td style="border-bottom-color: rgb(79, 129, 189); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1pt; border-left-color: currentColor; border-left-style: none; border-left-width: medium; border-right-color: currentColor; border-right-style: none; border-right-width: medium; padding-left: 7px; padding-right: 7px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #365f91;">(4,5%)</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Nesta tabela acima, podemos observar que, embora na 2° GM o número de feridos tenha aumentado para mais que o dobro, a relação proporcional quanto aos óbitos diminuiu bem, podemos assim concluir também como os sobreviventes de guerra aumentam a parcela de população com dor pós-traumas. Ressaltando que, ainda hoje as intermináveis guerras continuam fazendo muitos feridos, inclusive as guerras civis.</div>
<div style="text-align: justify;">
Um terceiro exemplo, deve-se ao aumento da sobrevida em relação às doenças.</div>
<div style="text-align: justify;">
Câncer - A dor oncológica</div>
<div style="text-align: justify;">
16 milhões de novos pacientes/ano com câncer<span style="font-family: Wingdings;">à</span> 8 milhões de óbitos</div>
<div style="text-align: justify;">
Desses pacientes, 70% sofrem de dor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcHa6ykqtt-DtJ-XCdrQN2F7AFIC-ItcrVoJnsSVpNqr1UU8KNdKyxuZf-64LUMvB1FeLpQHKkbpWlVwpSjw4erZo78mNirKmX9LjWqszbR2JMX9fIkRz3I7BZDYFU_tYjf6XMkwpNDswh/s1600/grafico3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcHa6ykqtt-DtJ-XCdrQN2F7AFIC-ItcrVoJnsSVpNqr1UU8KNdKyxuZf-64LUMvB1FeLpQHKkbpWlVwpSjw4erZo78mNirKmX9LjWqszbR2JMX9fIkRz3I7BZDYFU_tYjf6XMkwpNDswh/s320/grafico3.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Dados recentes da OMS indicam que 50 a 80% desses pacientes com dor ficam sem tratamento adequado e estima-se que mais de 90%, se tratados corretamente, terão a dor controlada. O que mostra o quanto a dor ainda é subtratada. Estes importantes dados demonstram a importância de cursos de educação em saúde para uma melhor assistência aos pacientes portadores de dor crônica.</div>
<div style="text-align: justify;">
Podemos portanto, concluir que com o aumento da sobrevida em relação a faixa etária da população, o aumento da sobrevida com relação aos traumas e o aumento da sobrevida com relação às doenças determinam o aumento muito grande de sequelas dolorosas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt; text-decoration: underline;"><strong>O que é a dor? Definições e classificação:</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Estamos diante de uma era onde a Medicina mostra-se cada vez mais promissora e revolucionária. Mas diante de tanta tecnologia, a dor perde espaço, e o que vemos é que em pleno super-desenvolvimento tecnológico e farmacológico, a maior queixa dos pacientes, e a que os leva ao consultório e aos postos de atendimento emergencial, é a dor.</div>
<div style="text-align: justify;">
A dor é definida pela Sociedade Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como "experiência sensitiva emocional desagradável relacionada a lesão tecidual ou descrita em tais termos".</div>
<div style="text-align: justify;">
"Dor é o que o paciente diz ser e existe quando ele diz existir" McCaffery, M. 1983 (Lippincott Nursing Series)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Dor crônica: "Dor que se mantém após curada a lesão inicial. Existe um modelo biopsicossocial, implicando em diferenças genéticas. Não existe terapia de alívio universal, senão o sono." J. Loeses. Washington, 2000</div>
<div style="text-align: justify;">
Para ficar bem claro para o leitor leigo, vou tentar resumir os tipos de dor, e como se classificam.</div>
<div style="text-align: justify;">
São dois os tipos principais da dor: dor rápida e dor lenta. Pelo nome, já podemos deduzir que a dor rápida é aquela que sentimos logo após o estímulo, para ser mais exata, até 0,1s depois. Já a dor lenta é percebida após 1 s do estímulo, e pode progredir gradual e lentamente. Esses tipos principais também são conhecidos por outros nomes, sendo que a dor rápida é designada também como <strong>dor aguda</strong>, em agulhada, e a lenta, dor pulsátil, <strong>crônica</strong>, ou em queimação.</div>
<br />
<span style="font-size: 14pt; text-decoration: underline;"><strong>Neuroanatomia e fisiopatologia </strong></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVZxnZo3wc5y4eYgGvtcFKxvuTy8IPmSIMOnYZDH_oHR6DrHSM1S1zP37hP6xWfL1PtxNWUHzwWT37PyrOnAmrz2HAzrGbnOBST0vapAzwnJx84dQ9sKKMT-oEkN7yRTGznPPxX4wgSQo2/s1600/dor01.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVZxnZo3wc5y4eYgGvtcFKxvuTy8IPmSIMOnYZDH_oHR6DrHSM1S1zP37hP6xWfL1PtxNWUHzwWT37PyrOnAmrz2HAzrGbnOBST0vapAzwnJx84dQ9sKKMT-oEkN7yRTGznPPxX4wgSQo2/s200/dor01.jpg" width="186" /></a>Para melhor entendimento, vou introduzir muito brevemente um pouco sobre neuroanatomia, pois para que você entenda melhor como a dor chega ao cérebro, quando você a percebe e reage ao estímulo doloroso, alguns conceitos básicos devem ser esclarecidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Temos em nosso corpo, receptores que são chamados<strong> terminações nervosas livres</strong>, que estão presentes na pele e em outros tecidos. A dor pode ser desencadeada por vários tipos de estímulos, que são basicamente estímulos dolorosos mecânicos, térmicos e químicos. A dor rápida é em geral desencadeada principalmente por estímulos mecânicos e térmicos, enquanto que a dor crônica pode ser desencadeada pelos três. Algumas substâncias presentes no corpo, em determinadas situações podem estimular o tipo químico de dor, como a bradicinina, serotonina, histamina, íons potássio, ácidos. Algumas dessas substâncias são recrutadas no processo inflamatório (bradicinina e histamina), ou na fadiga muscular (isquemia tecidual), no caso do ácido lático. O estímulo que provoca a dor é geralmente intenso e pode causar destruição ou dano no tecido. As respostas neuronais são mediadas por fibras chamadas A-δ e C que entram na medula espinal. Abaixo está uma foto do cérebro em que se pode ver facilmente o tronco cerebral e o cerebelo. </div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnh8zFVbbIXi7-DxJj72PMQeTqq900J5segXz7z7u4fvYuMJa3g_M944yTngYz1NJuqHevQdDjPYMp4qHNjo4okDQ5oRqTNgSlZc4TSk3j9kf1lEnsBx6HDY9rUwVh8QB3dESZPNm0E94J/s1600/c%25C3%25A9rebro_cerebelo_tronco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="325" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnh8zFVbbIXi7-DxJj72PMQeTqq900J5segXz7z7u4fvYuMJa3g_M944yTngYz1NJuqHevQdDjPYMp4qHNjo4okDQ5oRqTNgSlZc4TSk3j9kf1lEnsBx6HDY9rUwVh8QB3dESZPNm0E94J/s400/c%25C3%25A9rebro_cerebelo_tronco.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
O tronco cerebral (composto pelo bulbo e ponte) continua a comunicação entre cérebro e medula espinal, que pode-se dizer que é um cilindro fino de diâmetro com menos de uma polegada. A medula divide-se em 5 regiões (cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea). Os nervos são ligados aos pares na medula, ao longo de toda a coluna, e é através destes nervos que percebemos os estímulos externos (pois estes são os nervos que se comunicam através de receptores na pele e nos órgãos ou vísceras) que são traduzidos no cérebro e o qual responde ao estímulo segundo a circunstância.</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5HbxRgQ7_ZP0e4w9vlQbisDPlTyeFH4uVa9CkObZ1BpmgS-4O-AgXek-wjV6AQFxEIH2UKZH-XyKI7MJwgdepYZd80KH_GfXtNueEBJfbuSE0Aqswphmdwh5o5lgeG3YCFrXF1wk1FlYC/s1600/IMG_2274.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5HbxRgQ7_ZP0e4w9vlQbisDPlTyeFH4uVa9CkObZ1BpmgS-4O-AgXek-wjV6AQFxEIH2UKZH-XyKI7MJwgdepYZd80KH_GfXtNueEBJfbuSE0Aqswphmdwh5o5lgeG3YCFrXF1wk1FlYC/s200/IMG_2274.JPG" width="185" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCbluLkTAkcVvfkVcjTDYiiHaqYqGLqx8edMZZt3jLg3RwQvaUGX4RnYZ09GyHR4zuMiHVRlBkXFw7YMYiNuVZeG-cbjHFXnegXWF8egAeg-1ppfdA56zSBAXDta_TJ-g-VAbCHJ6yPtId/s1600/troncocerebral.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCbluLkTAkcVvfkVcjTDYiiHaqYqGLqx8edMZZt3jLg3RwQvaUGX4RnYZ09GyHR4zuMiHVRlBkXFw7YMYiNuVZeG-cbjHFXnegXWF8egAeg-1ppfdA56zSBAXDta_TJ-g-VAbCHJ6yPtId/s1600/troncocerebral.png" /></a></div>
<br /></div>
<span style="font-size: 14pt; text-decoration: underline;"><strong>Fenômeno doloroso</strong></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Ao lado dos aspectos anatômicos e bioquímicos, existem também os aspectos emocionais no fenômeno doloroso. A quantidade e a qualidade da dor variam de pessoa para pessoa e dependem de alguns fatores pré-determinados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Um desses fatores é o entendimento da situação. Sabe-se que 4/5 dos civis necessitam de sedação, contra apenas 1/3 dos soldados. Isto acontece porque os soldados entendem a situação em que foram feridos, e estão preparados para isso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">A experiência prévia é outro fator determinante que pode ajudar ou piorar a sensação dolorosa. Por exemplo, pessoas queimadas por bombas na guerra do Vietnã, necessitavam progressivamente cada vez menos de analgesia para realização dos curativos. Mas quando a experiência dolorosa prévia torna-se traumática, ela aumenta o fenômeno doloroso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Ainda temos como exemplo para a modulação emocional da percepção dolorosa, o fator cultural. A cultura é capaz de dominar de certa forma a sensação de dor fazendo com que a pessoa aguente o estímulo de dor impassível. A atenção, ansiedade e distração também influem na percepção da dor.</span><span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Por exemplo, o ritual das formigas tucandeiras, onde índios da tribo sataré-mawé tem que colocar a mão e serem picados pelas formigas demonstrando que o pequeno índio agora é homem. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSZB1E9z3wQYRHG34TgrlpJ1bI0E3csNS8EJLmGtLIcwZvmPbcHno0H3ZQ6I1MmAabWsdxMiUj6tOxuxuqYWdL2tWMDJMrk1Pm-6tRdD6GzyIQFZFyaqDeZ5HXvCwX2gRjtdZ-0oSP5vxP/s1600/ritual_da_tucandeira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSZB1E9z3wQYRHG34TgrlpJ1bI0E3csNS8EJLmGtLIcwZvmPbcHno0H3ZQ6I1MmAabWsdxMiUj6tOxuxuqYWdL2tWMDJMrk1Pm-6tRdD6GzyIQFZFyaqDeZ5HXvCwX2gRjtdZ-0oSP5vxP/s320/ritual_da_tucandeira.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Outro exemplo de como o fator cultural influencia na percepção dolorosa é uma atividade comumente praticada por gurus indianos, em que suas costas são perfuradas por ganchos e depois são erguidos para abençoar as pessoas que os estão assistindo.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwsN4Mg6Qot4Rfuilk0VCOA5C1RdyIrD45s2hVncd0nSfCoVTeIxuHqMHQKD803MQpixAs9geOjX8Vaqtyrygfy8VwbxmZPVdT6qynjWNqZUixWGEKJVjp7-DLiTOS6yHpuncomA8vx6aj/s1600/indianos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwsN4Mg6Qot4Rfuilk0VCOA5C1RdyIrD45s2hVncd0nSfCoVTeIxuHqMHQKD803MQpixAs9geOjX8Vaqtyrygfy8VwbxmZPVdT6qynjWNqZUixWGEKJVjp7-DLiTOS6yHpuncomA8vx6aj/s320/indianos.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><u>O sentimento de controle sobre a dor</u></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;">Pode-se afirmar então que a dor <strong>não depende apenas da natureza e da intensidade do estímulo</strong> mas que também é <strong>influenciada por fatores psicossocias e neurosensoriais.</strong> A dor sofre uma modulação no SNC, a interação dos estímulos nociceptivos com os fatores moduladores resulta na experiência neurosensorial da dor.</span><br />
<br />
<span style="font-size: 14pt; text-decoration: underline;"><strong>5° Sinal Vital</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Em 2001, a Organização Mundial da Saúde (OMS), propôs uma metodologia na avaliação e tratamento da dor, embasado na necessidade de implementar registros em instituições de saúde. Foi proposto também que o controle da dor deveria ser incorporado pelos profissionais da saúde na rotina de verificação dos sinais vitais (pressão arterial, temperatura, frequências cardíaca e respiratória) sendo assim, a dor foi classificada como quinto sinal vital, no entanto a dor continua sendo um sintoma, pois só pode ser medida pelo relato do paciente. Esta classificação como sinal visa elevar a importância da dor, o que gera estatísticas para que ela receba mais atenção. Acontece que muitos médicos e outros profissionais da saúde ainda acreditam que a dor relatada pelos pacientes é de origem psicogênica. Esta mentalidade deveria mudar, pois foi comprovado através de estudo realizado pelo HC da USP que 99% dos casos de dor que foram pesquisados, têm origem orgânica. <br />
<br />
Esta é uma triste realidade que mostra certa irresponsabilidade e descaso por parte dos profissionais de saúde em geral. Aqui no Brasil a dor é o motivo que mais levas pessoas ao consultório. Nos EUA, a primeira causa são infecções respiratórias, a dor vem em segundo lugar.</div>
<div style="text-align: justify;">
Este mesmo estudo também mostrou outras estatísticas importantes, onde 30% dos médicos brasileiros acham que as dores crônicas são psicogênicas e, pior que isso, 20% deles também acredita que as dores agudas são imaginárias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Uma vez que foi demonstrado em estudos que a dor prejudica ou inviabiliza o tratamento e adia a cura, obter registros do curso da dor nos pacientes torna-se uma medida muito importante. O tratamento de doenças infecciosas, inflamatórias ou do câncer evolui melhor sem dor, pois ela reduz a resposta do sistema imunológico. Mas como isso ocorre? Bem, ainda não encontrei uma resposta objetiva para esta minha dúvida, sobre como a dor pode influenciar na resposta a tratamentos. Mas, segundo o artigo do Dr. Régis Cavini Ferreira, o estresse <strong>agudo</strong> é imunoestimulante, ou seja estimula nossa defesa contra infecções através da produção de hormônios como adrenalina e outros, mas também aumenta a produção de cortisol, que diminui a defesa do nosso corpo. E não somente isso, o estresse crônico se caracteriza uma elevação crônica do cortisol, ou seja...diminui nossas defesas a longo prazo. <br />
Sendo assim, pelo fato de a dor crônica elevar o estresse psicológico do paciente, suponho que, este estresse resultante da dor eleva os níveis de cortisol no sangue, pelo cortisol ser imunossupressor, a dificuldade ou prejuízo da resposta imunológica estaria bem explicada. Interessante, não?</div>
<ul>
<li><div style="text-align: justify;">
<em>O estresse: a compreensão de como o estresse diário pode mesmo prejudicar nossa saúde é difícil para a maioria das pessoas, aparentemente terminamos um dia estressante com dor de cabeça ou dor nas costas, mas não é só isso que acontece. A palavra estresse foi inicialmente criada na física para traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço, mas em 1936 ela foi introduzida por Hans Selye como forma de expressar o esforço de adaptação das pessoas diante de determinadas situações que o organismo perceba como ameaçadoras. Diante de situações tristes, ameaçadoras, preocupantes, nosso cérebro nos prepara para a situação ativando o sistema nervoso simpático, o que também será melhor explicado numa publicação futura.</em></div>
</li>
</ul>
<span style="font-size: 12pt; text-decoration: underline;"><strong>Referência bibliográficas:</strong></span><br />
1 – Elementos fundamentais de neuroanatomia e neurofisiologia, Gilman S.; Winans S.. S.;<br />
2 – Tratado de fisiologia médica, Guyton e Hall;<br />
3 – Capacitação em dor, Marquez, J.O.; Macêdo, D. D. P.; Nascimento, O. J. M.(SBED);<br />
4 – Dor 5° Sinal Vital: reflexões e intervenções de enfermagem / Organizadoras Lucimara Duarte Chaves; Eliseth Ribeiro Leão. 2.ed. revista e ampliada – São Paulo: Livraria Martinari;<br />
5 – A dor: uma experiência na história, Karklis, I. P.; Ferreira, R. C.<br />
6 – Quem ama não adoece, Silva, M.A.D., 37° ed. – Rio de Janeiro: Best Seller, 2006.<br />
7- Imagens do Atlas Fotográfico – Anatomia Humana, Rohen, Yokoshi e Drecoll, e do Anatomia Orientada para clínica, Moore, Dalley.</span><br />
<div style="text-align: center;">
</div>
Adrianehttp://www.blogger.com/profile/04963483314951212022noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-90014181126266916772011-08-14T16:45:00.001-07:002012-09-08T20:51:52.149-07:00MECÂNICA QUÂNTICA: SUA HISTÓRIA, ALGUMAS INTERPRETAÇÕES E POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES<span xmlns=""></span><br />
<span xmlns=""></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span xmlns="">
</span>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span xmlns=""><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihJwLYdDSVv1JGneuNrWstasA8fRzVd68e1tzcQOpj9kMjqieP5NWDwam9DUE72WXsK0lhCC9B1ddUtIysUFgz-glw8HgSlW7D9qAzgeYP0y-3Ccrn5PR1iIt5is4sVKRcL-pz_ruUPqyX/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="368" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihJwLYdDSVv1JGneuNrWstasA8fRzVd68e1tzcQOpj9kMjqieP5NWDwam9DUE72WXsK0lhCC9B1ddUtIysUFgz-glw8HgSlW7D9qAzgeYP0y-3Ccrn5PR1iIt5is4sVKRcL-pz_ruUPqyX/s400/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" width="400" /></a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span xmlns=""><br /></span>
<span xmlns="">PARTE 1</span></div>
<span xmlns="">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A pedido de muitos colegas e amigos, fiz este post para tentar esclarecer alguns conceitos da mecânica quântica. Venho reparando que, a um bom tempo fala-se muito dela, mas muitas vezes de maneira errônea. Muitas pessoas, das quais pouquíssimas são físicas, a enfeitam mais do que ela, por si só, já é. Várias interpretações passaram a ser mais opiniões próprias do que de fato a teoria diz.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Isto acaba sendo muito perigoso, fugindo do que realmente consiste a ciência, pois opiniões que não tenham base científica nada mais são que argumentos vazios. Não vamos confundir religião e ciência, em que a primeira toma as verdades como absolutas, sem reais questionamentos e muitas vezes são para agradar o homem e a segunda que toma a verdade não sendo como absoluta, embora a busque, e também onde a natureza das coisas não faz nada para nos agradar.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinto-me mais apto e confiante para falar um pouco do assunto, pois além de ter estudado superficialmente na faculdade, acabei de cursar Mecânica quântica 1, e no atual momento estudando Mecânica quântica 2, no curso de pós graduação no Instituto de Física Teórica-UNESP, instituto de renome internacional e um dos melhores lugares para se fazer física no Brasil, senão o melhor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Vou dividir este post em quatro partes, para que não se torne cansativo e dê para discutir seus principais conceitos. As duas primeiras mostrarei sua origem, evolução e algumas implicações, na terceira, descreverei superficialmente os dois experimentos que marcaram a história da MQ e na última, algumas de suas interpretações. Tentarei ser o máximo possível neutro e expor o mínimo de minhas opiniões para que possamos atingir o objetivo de entendê-la sem falsos conceitos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
HIPÓTESE DE PLANCK</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Max Planck, em meados de 1899, atentou-se para a explicação da interação da luz com a matéria: <b>como um metal emite luz e como a luz é absorvida pela matéria</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Usando o que se sabia na época da teoria termodinâmica e eletromagnetismo ele derivou uma fórmula que descrevia o poder de emissão de energia, na forma de radiação, pelo corpo. Ao usar sua fórmula clássica, onde era necessário integrar sob todas as formas possíveis de freqüências da radiação emitida, ele chegou a um resultado sem sentido em que a energia radioativa era prevista ao infinito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Planck foi capaz de evitar essa conclusão somente pela introdução de um mínimo valor de energia, no qual pode existir para qualquer valor de freqüência de radiação, <b>o quantum. </b>Assumindo que a luz pode ser absorvida pela matéria somente por múltiplos de quantum, conseguindo assim derivar a fórmula correta para predição para a total energia emitida por um corpo quente. Veja que aqui já saímos do conceito clássico de que todos valores de energia poderiam existir para que um corpo pudesse emitir ou absorver radiação. A fórmula derivada para a energia foi : E=hѵ, </div>
<div style="text-align: justify;">
onde h é sua famosa constante, a constante de Planck e ѵ a freqüência de radiação emitida ou absorvida por um corpo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<u>EXPLICAÇÃO DE EINSTEIN PARA O EFEITO FOTOELÉTRICO</u></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
No mesmo ano em que Einstein formulou a teoria da relatividade, 1905, ele explicou como um metal pode emitir elétrons pela emissão de luz sobre ele, o chamado efeito fotoelétrico, o qual lhe rendeu o prêmio Nobel. Planck, que acabei de citar, sugeriu que apenas a luz na interação da matéria poderia revelar o comportamento quântico em baixas energias. Einstein propôs que toda a luz existente está em quanta de energia, concluindo que:</div>
<ul>
<li><div style="text-align: justify;">
<b>Os elétrons precisavam de uma energia mínima para escapar do metal.<br />
</b></div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b>Ao aumentarmos a freqüência de luz os elétrons deixam o metal com maior energia cinética.<br />
</b></div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b>A energia dos elétrons emitidos depende somente da freqüência de luz e não da intensidade. E o número de elétrons emitidos depende somente da intensidade, mas não da freqüência.<br />
</b></div>
</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Einstein demonstrou que esse resultado experimental poderia ser explicado se a energia da luz fosse quantizada em pequenos pacotes chamados <b>fótons</b>.</div>
<ul style="margin-left: 54pt;">
<li><div style="text-align: justify;">
<b>Equação de Einstein para a energia do fóton: E=hν, em que h é a constante de Planck e ν é a frequência da luz.</b></div>
</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Através do efeito fotoelétrico, Einstein confirmou a teoria quântica da luz além de sua teoria corpuscular. A grande questão aqui é, será que você entendeu o porquê da teoria quântica e do fenômeno corpuscular?? Explicarei melhor. Até então a luz era considerada apenas como uma onda, pois os fenômenos de difração, quando a onda passa por uma fenda, que seja aproximadamente do tamanho de seu comprimento de onda, uma nova frente de onda é gerada, e o fenômeno de interferência, quando ondas coerentes interagem, somando seus picos ou até anulando-se, eram bem explicados. Se de fato a luz ao interagir com o metal, tivesse o comportamento de onda, e nesse caso continuaria sendo um fenômeno clássico, com o aumento de sua intensidade esperar-se-ia um aumento de forma contínua da energia da luz. É como ocorre com o vento interagindo com a nossa face, apesar de ser composto de moléculas uma pessoa não consegue percebê-las, pois essas interações de bilhões de partículas parece ter uma forma contínua, como ocorre numa onda, ou seja, mesmo para a luz formada por partículas ela poderia exibir um fenômeno clássico assim como o vento. Mas, isto não ocorre. Vemos que a luz está quantizada, ou seja, possui valores discretos, não sendo mais qualquer valor permitido para a sua energia, não contínuo como se esperava. <br />
<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZNPRTvnLU-mgKci0a3reVVfCuWTLfk2nxgJcO0xwLtl-1H7eAiihFr8h0IoFB1PXWmOSlzUSNVGUznuyVGAyHC0lc6JrIaYY0i7JGBAbI6BCtN3slTMQDpVwZOe4N6jA8RAc3pn_vFbJw/s1600/pe03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZNPRTvnLU-mgKci0a3reVVfCuWTLfk2nxgJcO0xwLtl-1H7eAiihFr8h0IoFB1PXWmOSlzUSNVGUznuyVGAyHC0lc6JrIaYY0i7JGBAbI6BCtN3slTMQDpVwZOe4N6jA8RAc3pn_vFbJw/s320/pe03.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Figura 2: Temos um experimento simples da luz, mostrando os seus dois fenômenos característicos do comportamento de onda. Por cada fenda que a luz entra, uma nova frente de onda é gerada, e à medida que elas se deslocam, por serem coerentes, o fenômeno de interferência ocorre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjViRzagIPq3CjfNfghU55Vry-od3AbIGzu4AcQQcNYfKJW4Gr-9JpOLLsQiPaDzg_4bD2oBVgUwpQrWcC9Jvg822XUwGrH7kCjp6fBGoMFWSoSx7KzmBEIhLB9QQBSX82tvsPAD2WgdiH5/s1600/pe04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjViRzagIPq3CjfNfghU55Vry-od3AbIGzu4AcQQcNYfKJW4Gr-9JpOLLsQiPaDzg_4bD2oBVgUwpQrWcC9Jvg822XUwGrH7kCjp6fBGoMFWSoSx7KzmBEIhLB9QQBSX82tvsPAD2WgdiH5/s320/pe04.jpg" width="234" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Figura 3: Neste desenho, temos uma visão clássica de como uma radiação eletromagnética, não se esqueça que a luz visível é também uma radiação, se propaga pelo espaço. Temos um arranjo de campos elétricos e magnéticos, sempre viajando perpendicularmente um em relação ao outro. Essas curvas, que se chamam senóides, mostram as intensidades dos respectivos campos ao longo do espaço.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeg0OqjRae41eITaQJqBuOJNuSw9HvB_a3EtKYYvmw0S4Ig_yHvC6J-iy8BddErrC9azEHi44VxeTygUsGQe_nA_tMo6LYxVwR_uYd_Qq-Z6HRqU9Ei3KkmT0gEtbBu2TiW14WMGuN00wR/s1600/pe02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="215" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeg0OqjRae41eITaQJqBuOJNuSw9HvB_a3EtKYYvmw0S4Ig_yHvC6J-iy8BddErrC9azEHi44VxeTygUsGQe_nA_tMo6LYxVwR_uYd_Qq-Z6HRqU9Ei3KkmT0gEtbBu2TiW14WMGuN00wR/s320/pe02.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Figura 4: Temos uma representação esquemática do efeito fotoelétrico. Neste esquema a luz está representada por fótons. No desenho da esquerda temos uma luz vermelha interagindo com um metal, neste caso os fótons não possuem energia suficiente, não importando sua intensidade, ou seja, o quão brilhante está, para retirar os elétrons do mesmo. No desenho do meio, temos uma luz azul interagindo com o mesmo metal, neste caso há energia suficiente para arrancar os elétrons. E por fim temos uma luz ultravioleta, que por possuir fótons mais energéticos, que libera o mesmo número de elétrons, mas com maiores energias cinéticas. <br />
<br />
Cada elétron ganha energia por colisões entre fótons, caracterizando o comportamento de partícula da luz. Veja que temos algo diferente da previsão clássica, pois ao aumentarmos a intensidade de luz aumentamos a quantidade de fótons emitidos, entretanto, com seus pacotes de energia sendo a mesmo. Lembrem-se na onda clássica, com o aumento da intensidade temos o aumento de energia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Temos então o surgimento de um estranho paradoxo, pois a luz, então, passou a ser vista como partícula e onda, e para resolvermos isso deve-se introduzir uma nova entidade na qual reduz partícula e onda em diferentes circunstâncias. Isso será explicado mais para frente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Muitas pessoas não sabem, mas a luz visível é uma radiação eletromagnética, assim como raios-x, radiação gama, radiação do infravermelho e assim por diante. O que a torna perigosa é o fato dela poder ionizar um átomo ou não, e quando isso ocorre, ela é chamada de radiação ionizante. O fenômeno de ionização de átomos, que pode ser dado pela colisão entre os fótons e os elétrons, já era descrito, de maneira incompleta, antes mesmo da explicação do efeito fotoelétrico, uma vez que da teoria do eletromagnetismo a radiação eletromagnética é composta por campos elétricos e magnéticos, viajando sempre com direções perpendiculares entre si, de uma maneira ondulatória, isso é uma visão clássica da radiação eletromagnética, pois na verdade são fótons. Com isto, a explicação para ionização dos átomos, vista classicamente, é que quando uma radiação que possui um alto campo elétrico, este pode retirar os elétrons do átomo uma vez que cargas elétricas ao interagirem com o campo elétrico são forçadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O efeito fotoelétrico é aplicado em diversas áreas, como por exemplo para tratamentos de tumores, na radioterapia, usando feixe de fótons para eliminar tumor, ou seja, radiação eletromagnética com uma visão quântica. Podemos usar também para detectores de radiação, quando o fóton da radiação interage com o detector e consegue arrancar um elétron, gerando uma corrente. O detector mede isso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<u>O ÁTOMO DE BOHR</u></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Até o momento, os átomos eram descritos classicamente pela visão de Rutherford, que era a seguinte: elétrons orbitam a pequenas, massivas e positivas cargas (núcleo) localizado no centro, de maneira similar aos planetas orbitando o Sol. Entretanto, esse modelo gerava grandes problemas, pois pela teoria clássica do eletromagnetismo, todas as cargas que sofrem aceleração devem emitir radiação eletromagnética. Sendo assim para o átomo de Rutherford a radiação deve ser emitida constantemente, veja que mesmo os elétrons com velocidades mantidas constantes em órbita estão sendo constantemente acelerados, pois mudam de direção constantemente, pela força centrípeta. Isto representa a perda de energia do elétron que resultaria em um movimento espiral descendo para menores órbitas e eventualmente até o seu próprio núcleo. Mas, isso não ocorre!!! Devido ao fato de que o modelo do átomo era inconsistente, foi necessária uma nova abordagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Em 1913, Bohr sugeriu uma teoria quântica do átomo, resolvendo o problema do colapso da radiação dos átomos, explicando a emissão e a incorporação de luz destes, incorporando as idéias quânticas de Planck e Einstein.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sua proposta foi a seguinte:</div>
<ul>
<li><div style="text-align: justify;">
<b>Os átomos podem existir somente em discretos quantas de estados, separados uns dos outros por diferença de energia finita.</b></div>
</li>
<li><div style="text-align: justify;">
<b>As órbitas permitidas são especificadas naquelas nos quais o momento angular é quantizado .</b></div>
</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Veja, o que ocorre o tempo todo ao nosso redor é isso. A luz, por exemplo vindo de uma lâmpada amarela comum, é gerada pelo aquecimento do filamento, devido sua resistência elétrica, na medida em que a corrente elétrica passa por ela, excitando seus elétrons até novas órbitas eletrônicas. Quando o elétron retorna para o seu antigo estado ele emite o fóton, ou seja, a luz. Quando esse fóton interage com vc ele, novamente, excita seus elétrons e estes ao voltarem, para alguma órbita menor do que quando estavam excitados, emitem luz com diferentes energias, ou seja, diferentes freqüências, (diferentes freqüências diferentes cores.) caracterizando ao mundo a sua imagem! É a partir disto, meus amigos, que o mundo ao seu redor passa a ser visível.<br />
<b><br /></b>
<b>É claro que há uma infinidade de maneiras de interações da máteria com a radiação, como o efeito Thompson, fotoelétrico...além de mudanças vibracionas em moléculas. E todas estas contribuem para as radiações emitidas no dia a dia.</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Muita atenção agora, o átomo está quantizado, ou seja, não é qualquer posição que o elétron pode ficar em relação ao núcleo, por não poder possuir qualquer valor para seu momento angular e quando passa de um nível eletrônico a outro, ele não caminha como uma partícula clássica até esse nova posição, ou seja, passando por todos os pontos do espaço, ele simplesmente pula de um nível ao outro, é o que chamamos de salto quântico.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUFZISw9NaD0pAST5yFvR-UqOMzPF4Rn578CrS1Aemia549rhGjwwUPYhaOXIB8HUnawnadAgE47TdUViwXm0wpnkJYr_iJ0uwyUyfbGIP8VoDLIX14Gcii8pQZVaigb0_0EAKTyKUkN7g/s1600/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUFZISw9NaD0pAST5yFvR-UqOMzPF4Rn578CrS1Aemia549rhGjwwUPYhaOXIB8HUnawnadAgE47TdUViwXm0wpnkJYr_iJ0uwyUyfbGIP8VoDLIX14Gcii8pQZVaigb0_0EAKTyKUkN7g/s320/Sem+t%25C3%25ADtulo.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Figura 5: Esquema de como um átomo absorve luz. O elétron absorve o fóton e com isso vai para um nível energético maior.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU7oE2PDhOoM2CoFgFCA4xFdBuLqbGdvKrX3Bg9Iml_alefL5HdAZSIJSSC3a2wDrYezqGXPzvwfDn87k71B_Z1XMCL4AXeKZiR4YLnHQezSQLWXxVfwTuyxGnLUoBv_cs8OMh7-Hlug16/s1600/ae.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiU7oE2PDhOoM2CoFgFCA4xFdBuLqbGdvKrX3Bg9Iml_alefL5HdAZSIJSSC3a2wDrYezqGXPzvwfDn87k71B_Z1XMCL4AXeKZiR4YLnHQezSQLWXxVfwTuyxGnLUoBv_cs8OMh7-Hlug16/s320/ae.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Figura 6: Agora temos um esquema de emissão de luz. Quando o elétron, que encontrava-se em um nível excitado, retorna para um nível menos energético ele emite luz.</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgagsNRpNtXPcYITOqAlkVVvMXgOZpTqc34iNK-lg8ZiO95DDF4et3oFLp0Mj8IJHFCzAotE0VNOotWpffkG0g4nIWdZVcwbJjE7NU7YaFg6zHeXdxyvFOpsUSBnoUKHTgC1V5pNpHfG8gu/s1600/rr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgagsNRpNtXPcYITOqAlkVVvMXgOZpTqc34iNK-lg8ZiO95DDF4et3oFLp0Mj8IJHFCzAotE0VNOotWpffkG0g4nIWdZVcwbJjE7NU7YaFg6zHeXdxyvFOpsUSBnoUKHTgC1V5pNpHfG8gu/s400/rr.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
Figura 7: Este é um esquema simples de como ocorre ionização de uma átomo pela radiação eletromagnética. Um fóton com muita energia consegue desprender o elétron do núcleo, fazendo com que este fique positivo, afinal perdeu uma carga negativa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI385GbdxmT86tEfU9cAkQsZLmZx_LKHXbyy8PNqEajpBaYa80TIxaowxT9siWoDj5ZFx6LRzVIKfuDIgtPB66StIwbECqfhM1v1ebfAxu7dgUhTNqj5_FAWGGcL9SYlok1icVK0VZqUXA/s1600/pe01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI385GbdxmT86tEfU9cAkQsZLmZx_LKHXbyy8PNqEajpBaYa80TIxaowxT9siWoDj5ZFx6LRzVIKfuDIgtPB66StIwbECqfhM1v1ebfAxu7dgUhTNqj5_FAWGGcL9SYlok1icVK0VZqUXA/s320/pe01.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Figura 8: Diagrama de níveis de energia do átomo de hidrogênio. Os valores de <b>n</b>, indicam os níveis energéticos os quais os elétrons se encontram. Note que <b>n</b> não assume qualquer valor, o que reflete a não existência de qualquer valor energético dos elétrons e de seus raios, em um dado núcleo. Isso reflete a não existência de qualquer valor de energia dos fótons. Isso se chama quantização. Essas flechas mostram os níveis que os elétrons estão e para onde eles retornam, e com isso emitindo fótons com diferentes energias.<br />
<br />
<u>A Hipótese de de Broglie</u></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Considerando que a luz demonstrava ter propriedades ondulatórias e corpusculares seria natural perguntar se a matéria (por exemplo elétrons e os prótons) também apresentava tais características. Em 1924, um estudante francês de física, Louis de Broglie sugeriu essa idéia em sua tese de doutorado. Seu trabalho foi altamente especulativo, uma vez que até o momento não havia evidências sobre o caráter ondulatório da matéria.<br />
<br />
Para o comprimento de onda relativo ao elétron, de Broglie apresentou a seguinte relação.</div>
<ul style="margin-left: 54pt;">
<li><b>Equação de de Broglie para o comprimento de onda relativo ao Elétron: λ = h/p, onde λ é o comprimento de onda do elétron , h a constante de Planck e p o momento do elétron.</b></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
Muita atenção agora!!! Acredita-se que essa equação pode ser aplicada para toda matéria. Porém, para corpos macroscópicos os comprimentos de onda calculado através dessa equação são tão pequenos que se torna impossível observar as propriedades ondulatórias habituais de interferência e difração. Vamos a um exemplo.</div>
<div style="margin-left: 18pt;">
<b> Vamos calcular o comprimento de onda de de Broglie relativo a uma partícula de 10<sup>-6</sup> g, veja bem 0,000001g !!! (uma partícula de poeira)se deslocando com uma velocidade de 10<sup>-6</sup> m/s. Usando h= 6.63 X 10<sup>-34</sup> J.s (joule vezes segundo), então: <br />
</b></div>
<div style="margin-left: 18pt;">
<b>6.63 X 10<sup>-34</sup> J.s/(10<sup>-9</sup> kg)( 10<sup>-6</sup> m/s)= λ= <span style="text-decoration: underline;">6,63 X 10<sup>-19</sup>m</span>.<br />
</b></div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br />
Novamente aqui, preciso de sua atenção. O que esse valor tão pequeno do comprimento de onda quer dizer?? Significa que para que haja o comportamento de onda para essa partícula, necessitamos de uma abertura ou obstáculo dessa magnitude para que tenhamos os fenômenos de difração e interferência. Você imagina qual é o valor aproximado do diâmetro de um núcleo atômico??? É na ordem de 10<sup>-15</sup> m, ou seja, o raio atômico é 10.000 vezes maior do que a abertura que precisamos. Imagine, então, o tamanho da abertura necessária para o comportamento de onda bola de bilhar.</div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br />
Em 1927 Clinton Davisson e Lester Germer demonstraram que os elétrons podem ser difratados, através de uma estrutura de treliça de cristal, de maneira similar a difração da luz através de uma grade.</div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br />
A adoção das idéias de Broglie requer uma compreensiva assimilação da dualidade onda partícula. Para qualquer entidade do mundo microscópico deverá haver situações nas quais a melhor maneira será como onda e situações em que a melhor maneira será como partícula. Nem uma nem outra é uma representação da realidade pois ambas são produto da imaginação macroscópica humana!!!</div>
<div style="margin-left: 18pt;">
</div>
<div style="margin-left: 18pt;">
<u>Função de onda de Schrödinger</u></div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
Seguindo diretamente as idéias de de Broglie o físico austríaco Erwin desenvolveu a idéia de ondas de partículas em uma mecânica de onda própria. O ponto inicial dele foi essencialmente a equação de onda descrevendo o comportamento das ondas de luz no espaço tempo. Assim como é uma representação precisa do fenômeno óptico, ele formulou a equação de onda de matéria, a qual ele forneceu uma representação precisa do comportamento da matéria. A equação de Schodinger descreve partículas por autofunções e continua a mostrar como essa autofunção da partícula evolui no espaço tempo sob específicos conjuntos de circunstâncias.</div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br />
Uma outra circusntacia bem interessante é a idéia de um simples elétron movendo-se sobre um campo elétrico de um próton, usando essa equação de onda ele foi capaz de assumir que as funções de onda dos elétrons podem assumir somente certos níveis discretos de energia, ou seja, não permitindo qualquer valor, e que esses leves níveis de energia <b>são precisamente os mesmos da energia de uma órbita eletrônica do átomo de hidrogênio postulado anteriormente por Bohr</b>.</div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br />
A função de onda tem uma grande importância que é a expressão matemática para descrever todos os comportamentos observáveis das partículas. Colisões entre partículas não são mais necessariamente vistas como algum tipo de comportamento de bola de bilhar, mas como interferências de funções de onda, dando origem a efeitos de fenômenos de interferência um tanto parecido como da óptica.</div>
<div style="margin-left: 18pt; text-align: justify;">
<br />
A partir disso, nos surge várias questões: qual o verdadeiro significado da função de onda? Devemos pensar que o eletron é uma esfera localizada de matéria ou alguma extensão de onda ? Afinal, o que são as ondas de matéria? Deixaremos para responder estas perguntas na próxima parte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br />
</b> </div>
</span>Pedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-9511662679842265952011-07-31T16:17:00.001-07:002011-09-06T19:46:15.787-07:00Pais e filhos: diálogo de Sócrates<div style="text-align: justify;">
Aproveitando o tema Relacionamentos da minha última postagem, vou compartilhar com vocês um capítulo do livro do Sócrates, em que este conversa com seu filho mais velho ao vê-lo discutir muito com a mãe. Acredito que este texto mude a perspectiva de muitas pessoas sobre como melhorar nosso relacionamento com nossos pais, diante das circunstâncias em que vivemos, onde algumas vezes não demonstramos como deveríamos nossa gratidão, e, ao contrário disso, em ocasiões tolas, discutimos e dizemos inverdades impensadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
Caso queira saber mais sobre a vida de Sócrates, que hoje para mim é um mestre no qual me inspiro, segue no fim da postagem um breve documentário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obs. O contexto do diálogo dá-se aproximadamente em 400 a.C., portanto, cabe ao leitor discernir as diferentes épocas e situações, antes e atualmente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Ao notar que Lâmprocles, o mais velho de seus filhos, brigava muito com a mãe:</div>
<div style="text-align: justify;">
- <em>Dize-me, filho – indagou-lhe -, sabes haver certos homens que são denominados ingratos?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Sei – respondeu o jovem.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Sabes também por que recebem este nome?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Sim. Denominam-se ingratos aqueles que receberam benefícios e que não demonstram reconhecimento.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Não sabes que se classificam os ingratos entre os homens injustos?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Sei.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Por acaso perguntaste a ti mesmo, se assim como é injusto escravizar os amigos e justo avassalar os inimigos, será injusto ser ingrato para com os amigos e justo sê-lo com os inimigos?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Naturalmente. E considero injusto quem não se esforça por dar prova de reconhecimento a um benfeitor, seja amigo ou inimigo.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Pois bem! Se assim é, então a ingratidão é pura injustiça.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Lâmprocles concordou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- E não será um homens tanto mais injusto quanto mais ingrato se mostrar ao receber mais benefícios?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda uma vez Lâmprocles concordou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Pois bem! Quem mais recebe benefícios do que os filhos o recebem dos pais? São os pais que os fazem transitar do nada ao ser, ao espetáculo de tantas maravilhas, à fruição de tantos bens com que nos presentearam os deuses: bens que nos figuram tão preciosos que nosso maior temor é perdê-los. Por isso instituíram as cidades a pena de morte contra os maiores crimes, como o castigo mais tremendo para sustentar a injustiça. Sem dúvida não crerás ser unicamente pelos prazeres do amor que os homens procuram ter filhos, pois as ruas e as casas regurgitam de meios de se satisfazerem. Longe disso, vêem-nos considerar quais as mulheres que nos darão os mais belos filhos, e é a elas que nos unimos para realizar nossa esperança. Então o esposo tem de sua mão aquela que o ajuda a tornar-se pai; acumula previamente para os futuros filhos tudo o que acredita lhes seja útil na vida, fazendo a mais ampla provisão possível. A mulher recebe e carrega esse fardo que a faz pesada e lhe põe os dias em perigo; dá ao filho parte da própria substância; depois, ao término da gestação e de parto repleto de dores, cria-o e desvela-se, sem nenhum intento, sobre um filho que não sabe de quem lhe vêm tais cuidados que nem sequer pode dar a entender o de que necessita, de modo que a mãe procura advinhar o que lhe convém, o que pode agradá-lo, e que ela fomenta dia e noite, ao preço de mil fadigas e sem saber qual será a paga de seus sofrimentos. E não é só o alimento: logo que os julgam em idade de aprender alguma coisa, comunicam-lhes os pais todos os conhecimentos úteis que possam ou os confiam aos cuidados de alguém que julguem mais capazes de ensiná-los, não poupando despesas nem cuidados para que seus filhos se tornem os melhores possíveis.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao que redarguiu o jovem:</div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Sim, ela fez tudo isso e até mil vezes mais. Contudo, não há quem lhe suporte o mau humor.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Volveu Sócrates:</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Não achas o humor selvagem de uma besta mais insuportável que o de uma mãe?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Não, pelo menos de mãe igual à minha.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Terá te mordido ou dado alguma patada, como costumam fazer as bestas?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Mas, por Zeus! Diz coisas que nem ao preço da vida se quereriam ouvir.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- E tu – disse Sócrates -, quantos dissabores insuportáveis não lhe causaste desde a infância, com palavras ou com atos, de dia ou de noite? Quantas aflições não lhe deram tuas doenças?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Pelo menos nunca lhe disse nem fiz nada de que ela tivesse de se envergonhar.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Ser-te-á mais penoso ouvir o que ela diz do que aos comediantes ouvir as injúrias que reciprocamente se prodigalizam nas tragédias?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Mas, penso, como não julgam aquele que os ofende o faça por mal, nem que aquele que os ameaça os ameace seriamente, facilmente suportam o que lhe dizem.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- E tu, que sabes muito bem que tua mãe, diga-te o que disser, não o diz por mal, mas quereria ver-te feliz como ninguém, te irritas contra ela? Pensas então seja tua mãe para ti uma inimiga?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Claro que não.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>Aí Sócrates:</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Então, esta mãe que te ama, que quando adoeces te dispensa todos os cuidados para devolver-te à saúde, que se desvela para nada te falte, que pede aos deuses que concedam seus benefícios e cumpre os votos que por ti fez, queixas-te de seu mau humor? Quero crer que, se não suportas semelhante mãe, o próprio bem te é insuportável. Mas dize-me, achas que se deva ter atenções para com todos ou não procurar comprazer a ninguém, a ninguém obedecer, nem a um general nem a não importa que magistrado?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Por Zeus! Há de obedecer.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Pois bem – disse Sócrates -,sem dúvida quererás agradar teu vizinho para que, em caso de necessidade, te acenda o fogo, te faça bons ofícios, em caso de acidente, acuda de bom grado em teu socorro?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- É claro.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Será indiferente temos por amigos ou inimigos um companheiro de viagem, de navegação ou qualquer que seja? Ou acha que nos devamos dar ao trabalho de ganhar-lhe as graças?</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Claro que sim.</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<em>- Como! Estás prontos a ter atenção para com todos esses estranhos e não acreditas devê-las à tua mãe, que te quer mais que a ninguém! Ignoras que o Estado faz vista grossa a todas as outras ingratidões, não as persegue e deixa impunes os obrigados mal-agradecidos, porém castiga aquele que não respeita os pais, o degrada e exclui das magistraturas, convencido de que semelhante indivíduo jamais seria capaz de oferecer com santidade os sacrifícios públicos nem a praticar boa e honrada ação? E, por Júpiter!, se um cidadão não honrou o túmulo dos pais mortos, pede-lhes contas o Estado nos inquéritos abertos sobre os futuros magistrados. Se, pois, és prudente, filho meu, temeroso que os deuses te considerem ingrato e te recusem seus favores, rogar-lhe-ás te perdoem as ofensas à tua mãe. Quanto aos homens, cuidará em que, sabedores de tua falta de respeito para com teus pais, não te desprezem todos e te deixem sem amigos. Porque se suspeitassem que foste ingrato com teus pais, quem te creria capaz de reconhecer um favor?"</em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este é apenas um dos inúmeros diálogos de Sócrates com outros, que nos põem em profunda reflexão sobre nossas atitudes, pensamentos e, que aos poucos selecionarei mais alguns para compartilhar com quem se interessar e discutir sobre.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /><br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='400' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxpUcXFdk7tNm_DvQIsh-a5s7wsSRba2wE4v8ftUDL42g9sr1gWQxG9ff_t5OB2AeCY2pg6qr2zECMKu_dKKQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
Adrianehttp://www.blogger.com/profile/04963483314951212022noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-5001949363040073352011-07-19T06:57:00.000-07:002011-09-06T19:54:43.405-07:00AYURVEDA E O VIS NATURA MEDICATRIX<div style="text-align: justify;">
<u>Ayurveda e o </u><em><u>vis natura medicatrix</u></em></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como acadêmico de medicina, consciente da importância na relação entre homem-meio ambiente no desenvolvimento de uma vida saudável, e nos processos de adoecimento e cura,gostaria de fazer uma apresentação da medicina ayurveda, e estabelecer alguns paralelos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Minha intenção não é explicar o funcionamento do ayurveda (pode ser tema de uma próxima postagem), mas sim apresentá-la, e relatar a priori algumas curiosidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ayurveda, que significa ciência da vida, sabedoria da vida (Ayur-vida, veda-conhecimento), foi desenvolvida na Índia há aproximadamente 4000 anos A.C. e por incrível que parece se mantem atual em muitos aspectos nos dias de hoje. Ou seja , foi uma das primeiras formas de medicina desenvolvida pelo homem(há quem diga que foi a primeira).Sobre a produção de seu conhecimento existem duas hipóteses: a primeira relata um processo divino,onde o conhecimento foi dado pelos Deuses ao homem após longos períodos de meditação profunda.E a segunda consiste em que o conhecimento foi produzido pelo homem devido suas experiências ao longo do tempo. Ambas são aceitas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Então o Ayurveda que tem por base os 5 Grandes Elementos da Natureza(éter, ar, fogo, água, terra), ensina que o homem é um universo dentro de si mesmo, composto de mente, corpo e espírito, e que seu estado de saúde reflete a harmonia entre esses três fatores.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sobre suas escrituras gostaria de citar o Caraka Samhita. Foi escrito na época em folha de bananeira, e possui 120 capítulos. Segundo a tradição, 120 era idade até onde as pessoas viveriam se seguissem o Ayurveda. Saúde e longevidade eram de fundamental importância para que as pessoas pudessem pagar karmas ruins e atingirem evolução espiritual.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como ponto chave dessa postagem, gostaria de apresentar uma passagem do Caraka Samhita escrito há tanto tempo e preservado na sua essência. Gostaria que o leitor observasse a sutileza, o simbolismo e a pureza da passagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<em><strong>‘‘... a duração da vida de um ser humano chega ao final no meio do percurso,devido aos esforços excessivos,uma dieta que não está de acordo com sua natureza,refeições irregulares,posturas corporais inadequadas,excesso de indulgencias no intercurso sexual,companhia de pessoas ignóbeis,supressão das necessidades induzidas,não sucessão das necessidades reprimíveis,exposição de um organismo a vento e fogo venenosos,ferimento ou abstenção de alimentos e medicamentos’’.</strong></em></div>
<div style="text-align: justify;">
E o que é <em>vis natura medicatrix</em>? <em>Vis natura medicatrix</em> foi uma expressão utilizada por Hipócrates, que na Grécia ,foi um grande médico no final do séc. IV A.C.,e atualmente é considerado o pai da medicina ocidental. <em>Vis natura medicatrix</em>,significa ‘’o poder de cura da natureza’’,ou seja: a natureza cura. O organismo humano possui propriedades de auto-cura e só ele pode se curar,com a ajuda da própria natureza.Logo Hipócrates realizava uma medicina baseada nos princípios ecológicos e naturais em que procurava trabalhar as causas das doenças através de correção alimentar, banhos, clisteres, depuracões, eliminacões, expurgos, desintoxicação, vitalização, educação, mudança de hábitos, além de quando necessário a administração de medicamentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Como podemos ver, tanto a tradição anciã Ayurvédica, quanto a medicina Hipocrática, possuem uma abordagem ecológica onde há uma íntima relação homem-natureza, e entendem que as doenças tem como causa uma desarmonia entre homem e as leis naturais ou ‘’divinas’’.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente a medicina moderna se esqueceu completamente dessa relação. A visão atual da medicina consiste em um modelo cartesiano, materialista, reducionista, onde o homem é visto como uma maquina cheia de peças. Com o surgimento da indústria farmacêutica, não tratamos mais as causas das desarmonias supracitadas, e sim sintomas. É anti-isso, anti-aquilo. E com essa cultura a população e o médico perdem cada vez mais a noção da importância do vis natura medicatrix, e como podemos notar vem ocorrendo uma mudança no padrão de adoecimento, onde agora predominam as doenças crônico-degenerativas como as alergias, doenças inflamatórias, obesidade, doenças do sistema nervoso, doenças auto-imune e câncer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contudo, existe um vasto conhecimento produzido no campo da medicina ecológica, holística, integrativa, natural e energética. Desde as ciências de escolas antigas, como o Ayurveda, a Medicina Tradicional Chinesa, Egípcia, Tibetana e Xamânica até as formas modernas e altamente tecnológicas de medicina natural, muitas vezes baseadas nos novos conceitos da física quântica.O único problema é que devido interesses político-financeiros, as faculdades ocidentais em sua maioria nem tocam no assunto. Como resultado, formam-se médicos ignorantes e iludidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que a sociedade se conscientize da necessidade de uma harmoniosa relação homem-natureza, que possamos cuidar do nosso Planeta, preservar os recursos naturais, que possamos cuidar dos nossos alimentos, que possamos respeitar nossos irmãos e viver em comunidade, e que possamos dar dignidade no atendimento medico para todas as pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
‘<em>’Como poderá ajudar um manco se estiver manco? Como poderá indicar a trilha para um cego se estiver cego? Como poderá ajudar um doente se estiver doente? Cuide-se primeiro antes de cuidar dos outros’’</em>Siddhartha Gautama, o Buda</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />Que todas as pessoas sejam felizes!</div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-59000905192745870802011-05-06T09:30:00.001-07:002011-09-06T20:12:17.902-07:00A base dos relacionamentos<span xmlns="">Cada vez mais as pessoas encontram muita dificuldade em estabelecer um relacionamento saudável, principalmente em se tratando de relações amorosas.</span><br />
<span xmlns=""></span><br />
<span xmlns=""></span><br />
<span xmlns=""><div align="justify">
Sob meu ponto de vista, precisamos de companhias, amigos, parentes, companheiros. Mas a grande dificuldade das pessoas para manter seus relacionamentos é, na minha opinião, o fato de elas acreditarem que não podem ser felizes sozinhas, e acabam se tornando dependentes de outros, para manterem seu próprio bem estar. Aplicando essa teoria no nosso cotidiano, fica claro entender porque sites de relacionamentos ganham, cada dia mais seguidores que buscam diversas formas de relacionamento e comunicação.</div>
<div align="justify">
<br />
Nosso primeiro e mais sólido relacionamento, é com nossos pais, naturalmente. Em alguns casos esse primeiro forte vínculo, por infortúnio ou não, dá-se com outras pessoas que cumprem papel de pai e mãe.</div>
<div align="justify">
<br />
Acredito que muitos já tenham ouvido falar na problemática Edipiana, famosa tragédia grega. Para quem não conhece direito e quer ler sobre Édipo, resumi num texto no fim do post.*</div>
<div align="justify">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaDBqmp8Gpu3vlaaq74GQydVehOXyRUcmnW4qdjSqHpKcX67T8K4ptJpEgVZS1FgKHMP5XkJWa32cVkncFMgAhSRqkbn52slt5s6em1b_FcF7okTIfqzNrzSDeT-zEqmkOS2BpTOe8z-Zv/s1600/freud+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaDBqmp8Gpu3vlaaq74GQydVehOXyRUcmnW4qdjSqHpKcX67T8K4ptJpEgVZS1FgKHMP5XkJWa32cVkncFMgAhSRqkbn52slt5s6em1b_FcF7okTIfqzNrzSDeT-zEqmkOS2BpTOe8z-Zv/s1600/freud+2.jpg" /></a>Agora, a interpretação de Freud dessa lenda. O complexo de Édipo envolve tanto meninos, quanto meninas. Notavelmente, nos primeiros anos a mãe é a figura mais importante para ambos. Os dois são fascinados pela mãe e o pai é visto como "intruso". Após um tempo, a menina passa a se identificar mais com o pai, vendo a mãe como alguém que está competindo por espaço e, da mesma forma, o menino identifica-se mais com a figura materna. Mais futuramente, a realidade mostra aos dois que a solução para este conflito, é abrir mão da sua fonte de amor e segurança que a mãe significa para o menino, e o pai para a menina, procurando alguém que os substitua. A menina aproxima-se da mãe, e o filho, identifica-se com o pai. Este conflito ocorre geralmente dos 7 aos 9 anos de idade. E na fase em que o menino busca identificar-se com o pai, ele o imita, admira e busca sua companhia, sendo solucionada a competição dos dois pela atenção da mãe.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEw0Ynezr3b1BUdQuTHxrZ-cUTKf9YXWSalWqDzO-E6kyfa2a7Han1qb1pkG0fDoBDGZARiBGzALXLJ5Mw40ZcVWlHned7BohqpGZS7CmmrTMxREjwuBEy0ij_Ac4ged3ubas0QIcs0QPv/s1600/carl-jung.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEw0Ynezr3b1BUdQuTHxrZ-cUTKf9YXWSalWqDzO-E6kyfa2a7Han1qb1pkG0fDoBDGZARiBGzALXLJ5Mw40ZcVWlHned7BohqpGZS7CmmrTMxREjwuBEy0ij_Ac4ged3ubas0QIcs0QPv/s200/carl-jung.jpg" width="158" /></a>Carl Jung descreve o conflito entre anima e animus. Jung denomina anima a feminilidade inconsciente existente no homem, a qual se manifesta por caprichos e mudanças de humor. A anima encerra os atributos fascinantes do "eterno feminino"; em outras palavras, é o arquétipo do feminino. O primeiro receptáculo da anima é a mãe, e isso faz com que aos olhos do filho ela pareça dotada de algo mágico. Depois a anima será transferida para a estrela de cinema, para a cantora de rádio e, sobretudo para a mulher com quem o homem se relacione amorosamente, provocando os complicados enredamentos do amor e as decepções causadas pela impossibilidade do objeto real corresponder plenamente à imagem oriunda do inconsciente. Aliás, esta transferência nem sempre se processa de modo satisfatório. A retirada da imagem da anima de seu primeiro receptáculo constitui uma etapa muito importante na evolução psíquica do homem. Se não se realiza, a anima é transposta, sob a forma da imagem da mãe, para a namorada, a esposa ou a amante. O homem esperará que a mulher amada assuma o papel protetor de mãe, o que o leva a modos de comportamento e a exigências pueris gravemente perturbadoras para a relação entre os dois.</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
Jung refere à masculinidade existente no psiquismo da mulher como animus. Esta masculinidade é inconsciente e manifesta-se de modo primário como intelectualidade mal diferenciada e simplista. Daí vermos freqüentemente mulheres sustentarem afirmações a priori, opiniões convencionais, que não resistem ao exame lógico, mas que nem por isso deixam de ser teimosamente defendidas com argumentos acirrados. O animus opõe-se à própria essência da natureza feminina que busca, antes de tudo, relacionamento afetivo. Sua hipertrofia resultará em humor instável, ou até em quebra de laços de amor. O primeiro receptáculo do animus<span style="font-family: Times New Roman;"><br /></span>é o pai. Depois transfere-se para o astro de Holywood, para o mestre, para o cantor pop, o campeão esportivo ou o líder político (o que é mais difícil, pelo menos no Brasil). Projetado sobre o homem amado, tenta fazer dele a imagem ideal, impossível de resistir à convivência cotidiana. Daí, poderão vir as decepções inevitáveis.</div>
<div align="justify">
<br />
Vou fazer uma ressalva quando a menina faz essas idealizações, que posteriormente são projetadas para o companheiro, namorado. Isto é um processo que se segue durante anos. Idealizamos e esperamos melhor dessa pessoa. Cria-se um perfil de uma pessoa que responda às nossas expectativas. Mas quando a realidade mostra que a pessoa é bem diferente do idealizado, surgem conflitos e decepções.</div>
<div align="justify">
<br />
Quem nunca ouviu de amigo(a), frases como: "o que tiver que ser será" ou então, "a pessoa certa logo aparecerá" e ainda "se não foi, não era pra ser". O grande problema que percebo, está exatamente nessa idealização. Do dicionário temos como sinônimos de idealização: Ato ou faculdade de idealizar; planejamento; fantasia; imaginação. Parece muito mais fácil acreditar na sua fantasia, e não aceitar a realidade, do que apenas buscar uma pessoa que apenas nos faça sentir bem. E isso significa aceitar que todos têm defeitos, enxergar que a idealização é algo criado em nossa mente, e diz respeito apenas ao que esperamos do outro e que deveria suprir nossas carências, portanto, de nossa responsabilidade. O que volta ao início do texto: carências. O fato de acharmos que precisamos mesmo de alguém ao nosso lado, para que? Essas carências deveriam ser supridas por cada um e não por outro. O ideal seria aceitar o outro como ele é e tê-lo ao lado por admiração concreta e real. Relacionar-se apenas por afinidade e desejo de compartilhar momentos e experiências juntos. Isso também se aplica a amizades, também esperamos muito daqueles que consideramos grandes amigos, e por isto também nos decepcionamos quando não correspondidos.</div>
<div align="justify">
<br />
Segue abaixo um trecho do sermão da Sexagésima do Pe. Antônio Vieira, muito interessante:</div>
<div align="justify">
<br />
<em>"O amor fino não busca causa nem fruto. Se amo, porque me amam, tem o amor causa; se amo, para que me amem, tem fruto: e amor fino não há-de ter porquê nem para quê. Se amo, porque me amam, é obrigação, faço o que devo: se amo, para que me amem, é negociação, busco o que desejo. Pois como há-de amar o amor para ser fino? Amo, quia amo; amo, ut amem: amo, porque amo, e amo para amar. Quem ama porque o amam é agradecido. quem ama, para que o amem, é interesseiro: quem ama, não porque o amam, nem para que o amem, só esse é fino." </em><strong>Pe. Antônio Vieira.</strong><em><br /></em></div>
<em></em><div align="justify">
Comumente as relações entre o homem e a mulher ocorrem dentro do tecido do imaginário produzido pela anima e pelo animus. Portanto, não é surpresa que surjam emaranhados problemas na vida dos casais. Meu objetivo com este mesclado de textos e proposições, é fazer o leitor refletir sobre seus relacionamentos e expectativas. Não como um texto de auto ajuda, e sim como um texto explicativo da base dos relacionamentos, fazendo com que entenda que esta transposição de idealização dá-se de forma inconsciente desde a primeira infância. Agora, tomando consciência deste processo, pode então o leitor avaliar seu comportamento e julgamentos a respeito de suas relações diversas, sejam elas de amizade, com os pais e amorosas.</div>
<br /><div align="justify">
<span style="font-size: 0px;">*</span>Complexo de Édipo:</div>
</span><br />
<div align="justify">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsScasX_bvof26KKCEkc2zOKmMIWh4Yc_JnRBibmdHXRFevDLCGtBSSyQ_IU3Fc7RTBDIDU7xIOWpnpHwxr3JaYhveaZN8WUgfiC7h47lu3WcowOrFMw7KsYY62GaYHjdh8CkkGuvqa53v/s1600/%25C3%25A9dipo.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsScasX_bvof26KKCEkc2zOKmMIWh4Yc_JnRBibmdHXRFevDLCGtBSSyQ_IU3Fc7RTBDIDU7xIOWpnpHwxr3JaYhveaZN8WUgfiC7h47lu3WcowOrFMw7KsYY62GaYHjdh8CkkGuvqa53v/s200/%25C3%25A9dipo.png" width="151" /></a></div>
"<em>Laio, rei de Tebas (cidade da antiga Grécia), não queria que sua mulher Jocasta engravidasse, porque o oráculo de Delfos havia profetizado seu assassinato por esse filho (oráculos eram seres humanos que faziam predições através de comunicação com divindades, em próxima oportunidade escreverei sobre como uma dessas consultas influenciou a trajetória de Sócrates). Mas, certo dia Laio bebeu um pouco a mais e gerou uma criança. Quando Jocasta deu a luz, Laio tirou o filho dela, levou-o para as montanhas cravando-lhe um prego nos pés, deixando-o para morrer. Apesar dos esforços de Laio em tentar evitar a previsão dos oráculos, o bebê foi encontrado por vizinhos dos tebanos, os corintos, que levaram a criança até a rainha de Corinto, que não tinha filhos. Batizado de Édipo, a criança cresceu amando rei e rainha acreditando serem seus pais verdadeiros. Até que, quando adulto, um dia numa visita a Delfos, interrogou o oráculo a respeito de seu futuro, e o oráculo profetizou que ele mataria o pai e casaria com sua própria mãe. Horrorizado, Édipo fugiu de Corinto e decidiu nunca mais voltar. Pelo caminho, na estrada que o levava para longe de Corinto, Édipo é atropelado por uma carruagem, e furioso mata o condutor e arremessa o passageiro pra longe, que preso pelas rédeas, é arrastado pela estrada e morto. O passageiro era "Laio". Édipo seguia para Tebas, quando foi surpreendido pela esfinge (decifra-me ou te devoro), ele decifrou o enigma e a esfinge se matou, tendo dessa forma liberado os tebanos do monstro que os aterrorizava. Por esse feito ele ficou famtoso e virou rei de Tebas, casando-se com: Jocasta, sua mãe. Tiveram 4 filhos e não, essa história não tem um final feliz. Numa outra consulta ao oráculo, a história verdadeira lhes foi contada. Sabendo a verdade, Jocasta se enforcou e Édipo cegou a si próprio e se exilou, sendo perseguido pelas Fúrias até sua morte</em>."</div>
Adrianehttp://www.blogger.com/profile/04963483314951212022noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4587103914510632140.post-89938278165032799392011-04-18T16:13:00.001-07:002012-11-08T12:04:40.613-08:00A verdadeira interpretação da equação da energia de Einstein<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span xmlns=""></span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDPOvjnTAZ0dbR9hQ4wD0DMudmjZgbL5mQHIu8dQDwSyOQuVNmhzM3aQw8l6QWZAVbT4CTRR_SCHaWNC1KlqlA_1f-2bGyLkDS180d-4LvFaNVs5Gu8r3CTdjG4HAZISJ4Uld7o3cKF6IA/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDPOvjnTAZ0dbR9hQ4wD0DMudmjZgbL5mQHIu8dQDwSyOQuVNmhzM3aQw8l6QWZAVbT4CTRR_SCHaWNC1KlqlA_1f-2bGyLkDS180d-4LvFaNVs5Gu8r3CTdjG4HAZISJ4Uld7o3cKF6IA/s320/1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Quem já não ouviu falar da famosa equação de Einstein: E=mc<sup>2</sup>?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Quantos gostam de repetir a frase que “tudo é relativo”,
baseando-se na Teoria da Relatividade proposta por Einstein, em 1905.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Mas são poucos aqueles que sabem que essa equação provém da
Teoria da Relatividade Especial, e menos ainda sabem que esta equação, tal como
é conhecida, é expressa erroneamente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Pior de tudo, é que ela é ensinada por professores e físicos
(pseudofísicos) dessa maneira.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Quero, antes de começar a explicar seu verdadeiro significado,
dizer que na teoria da relatividade nem tudo é relativo. E mais, ela foi
construída a partir de algo invariante, ou seja, é medido igualmente em
qualquer referencial inercial* (uma medida absoluta).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Einstein postulou que a velocidade da luz é medida igualmente
em diferentes referenciais inerciais com velocidades distintas. Vamos ilustrar
tal proposição:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Uma pessoa em repouso na Terra emite um feixe de luz. Outra pessoa,
também em repouso no mesmo sistema, ao tentar medir a velocidade do feixe
obterá a própria velocidade da luz, c. Temos agora um terceiro observador em
outro referencial, uma nave com velocidade 0,5c (em relação aos outros 2
observadores) na mesma direção que o feixe foi emitido. Ao tentar medir a
velocidade do feixe, surpreendentemente terá como resultado a mesma velocidade
c, não importando seu sentido (aproximando-se ou afastando-se dela).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Foi através dessa proposição que Einstein fundamentou uma
base teórica para a relatividade e afirmar que espaço e tempo são relativos,
dilatação do tempo e contração do espaço.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">A invariância da luz é o melhor exemplo de que nem tudo é
relativo. Outro exemplo de invariância, onde novamente temos uma grandeza absoluta
que não depende do referencial inercial a dotado, é o conceito de <b>O Intervalo, S</b>. Segue a expressão da
variação do O Intervalo S:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTcGcFiVn8LxXkIEoR6biIDnwBTvzkxEhfMr83FCb6CHZ2nDbJCZ7g4GcRQ9I5Rz-8PV5zHHhrDVd5KDij8HvDN1QSewW0Vm3GELoC2rFgvQqwzXY1-foHtd99KdfQxbou2ev1TD-vhqKG/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTcGcFiVn8LxXkIEoR6biIDnwBTvzkxEhfMr83FCb6CHZ2nDbJCZ7g4GcRQ9I5Rz-8PV5zHHhrDVd5KDij8HvDN1QSewW0Vm3GELoC2rFgvQqwzXY1-foHtd99KdfQxbou2ev1TD-vhqKG/s1600/1.jpg" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span></div>
<span style="font-size: large;">* Referências inércias
são aqueles em que a força resultante é nula, ou seja, não estão acelerados,
mas podem estar com diferentes velocidades. Nestes referenciais não podemos
detectar quem se move em relação a quem.</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><br />
<br />
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: large;">Onde,</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lMnYIm_tGjREkEBzRf8S1MxKfCOhp_pub1gX4BkV3pdBJQ4H_Re_zHc9XI2gQ9wJAi0O5QK-iEqBeaFNsa5FeZumm4BDMtQUYd74_C37MKKjvWXRP4EzDtCqXYeYGPzwZgosotElIm3z/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lMnYIm_tGjREkEBzRf8S1MxKfCOhp_pub1gX4BkV3pdBJQ4H_Re_zHc9XI2gQ9wJAi0O5QK-iEqBeaFNsa5FeZumm4BDMtQUYd74_C37MKKjvWXRP4EzDtCqXYeYGPzwZgosotElIm3z/s1600/1.jpg" /></a></span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">(delta x, delta y e delta z, respectivamente) expressam a variação de posição
onde dois eventos quaisquer ocorreram e </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">delta t é o intervalo de tempo
entre esses dois eventos. Ambos medidos no mesmo referencial. Para facilitar a
visualização da equação anteriormente expressa, vou exemplificar melhor:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Supomos, caro leitor, que num dia chuvoso, cai uma forte
tempestade (o que é raro em são Paulo) e você está em um posto de gasolina
abastecendo seu carro quando vê um raio caindo num poste, e logo em seguida
avista outro raio atingindo outro poste logo a frente. Você, por curiosidade,
resolve calcular o tempo entre os dois eventos e conclui que demorou 2s(delta t</span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;"> </span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">) da queda de um raio para outro, e a distância entre os dois
postes era de 500m(delta x</span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">). No entanto, outra pessoa num carro em alta velocidade (agora
talvez descubra que seu conceito de espaço está bem errado) presencia esses
dois eventos em um mesmo ponto do espaço. Como assim? Primeiro lugar, para o
indivíduo que está no referencial carro: quem se move? O carro ou o poste? Bom,
sabe-se dos movimentos relativos, que neste referencial, o poste que se
desloca. E, quando o primeiro</span><span style="font-size: large;"> poste passa por ele, um evento ocorre, e
depois, quando o segundo poste está no mesmo ponto em que estava o anterior, o
segundo evento (raio) ocorre. Ou seja, para o carro os eventos foram no mesmo
ponto. Consegue compreender? Vou fazer uma ressalva aqui. As pessoas
imaginam sempre o mais difícil, e não o que realmente estão vendo. Quando se
está num carro em movimento o poste está vindo na sua direção, e não o
contrário. Pois, a maioria se coloca num referencial fora do carro, e se vêem em
movimento em direção ao poste. Portanto, no referencial do carro delta x' = 0 </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">e a partir da invariância
de S vamos descobrir qual foi o intervalo de tempo medido por ele delta t' = ? </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">. (x' e t' representam as coordenadas descritas por um observador de dentro do carro e x e t para um observador de fora)</span> </div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Concluindo isso, e a partir do fato que <b>O Intervalo</b> é medido igualmente nos 2 referenciais, vamos constatar
que o intervalo de tempo entre os eventos foi diferente para os referenciais
carro e você no posto. Com seus dados em mãos, vamos calcular o intervalo
definido anteriormente:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Para c= 3x10<sup>8 </sup>m/s obtemos</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;"><br /></span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio6j6jQRoSMT8bHIkofChQ1kd2np4hGGUTfVCGbBT8muFkiw5b88iqg2fV_7vQ0JP1qsDwmaKOIxWilPtDYYGbZSbY0-Nm8phJ-EZgPBuaBUkuZxhBgazazY9fHTgcLH1z-u1kDl32Xp72/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio6j6jQRoSMT8bHIkofChQ1kd2np4hGGUTfVCGbBT8muFkiw5b88iqg2fV_7vQ0JP1qsDwmaKOIxWilPtDYYGbZSbY0-Nm8phJ-EZgPBuaBUkuZxhBgazazY9fHTgcLH1z-u1kDl32Xp72/s1600/1.jpg" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Obtemos, então o valor de </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%;">(delta
S)<sup>2</sup></span><span style="font-size: large;">, que é igual a 3,59x10<sup>17</sup>m<sup>2</sup>,
novamente sabendo que este valor é medido igualmente para o indivíduo no carro,
temos que </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%;">delta
t’= 1,99997 s </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 5.5pt;">
</span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large;">Uoww! Constatamos uma diferença muito
pequena, mas isso foi por conta da baixa velocidade que o carro estava em
relação à velocidade da luz, pois para velocidades ainda mais elevadas teriamos um intervalo de tempo ainda menor. Caso não tenha percebido a velocidade do carro
está dada, pois este percorreu 500m em dois segundos resultando na velocidade
de 250m/s</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Este último exemplo é obtido através do que chamamos de
invariância de Lorentz*. Estou dizendo tudo isso, pois o que quero mostrar é
que a massa, ao contrário do que muitos possam imaginar, é também uma
invariante de Lorentz, o que significa que é intrínseco da matéria e não
importa em qual referencial estamos, a massa é a mesma, e não irá mudar com sua
velocidade (não vou aqui agora enfatizar como ocorre a dilatação do tempo e a
contração do espaço, apesar de tais fenômenos serem muito empolgantes e
extraordinários e nem falar de outras grandezas que são relativas de acordo com
o referencial, tais como o campo elétrico e o magnético, pois o meu objetivo
aqui é esclarecer o verdadeiro significado de sua equação de energia, vamos deixar
isso, para quem sabe, uma outra publicação).</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> Vamos, então, ao que interessa. Primeiro qual é sua
verdadeira expressão da energia? Ela se trata da energia de que? Sua equação
real é dada por:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJavh2mew5vLsKPXI-Ec97PSLeH-VqK_asL48vTcwjk0UIHJOqQdIjfdBIj4fXnoWzDYQzY3NtzL7zP1M8K-6BK4pEcnQV-VUfNQYbiipKuOpo4vNpXFI4JeMdazoFBl9n1QQRi1uCTMde/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="75" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJavh2mew5vLsKPXI-Ec97PSLeH-VqK_asL48vTcwjk0UIHJOqQdIjfdBIj4fXnoWzDYQzY3NtzL7zP1M8K-6BK4pEcnQV-VUfNQYbiipKuOpo4vNpXFI4JeMdazoFBl9n1QQRi1uCTMde/s400/1.jpg" width="400" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">E ela descreve a energia de uma partícula massiva livre, ou
seja, livre de potenciais, tanto gravitacional como elétrico.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Onde está o erro? Muitos físicos gostam de escrevê - la de uma
maneira simplificada do seguinte modo:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFvHMspPQAXjjOV0OfiSbCz-JF6U6p2JJfPNuX5csA2u5dDq0UzaMz3JhjWFPwOpD1srZFwK_TFTlIXb_hoJ-LrF-UD39IMykm5yOJn8NehAKca9Dl9iq4plr4Wbm7sj7olWD7j34idnrv/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="25" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFvHMspPQAXjjOV0OfiSbCz-JF6U6p2JJfPNuX5csA2u5dDq0UzaMz3JhjWFPwOpD1srZFwK_TFTlIXb_hoJ-LrF-UD39IMykm5yOJn8NehAKca9Dl9iq4plr4Wbm7sj7olWD7j34idnrv/s400/1.jpg" width="400" /></a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">onde, </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj04WA4XQiZf476oOOfn8YyLlDEVEzl6PlsgW8fSlFWRWqo3xCY2VD8yV3_oZdVk7prXY0CO_ajd1DGjK891OvHEbWa0BFQDuZ4EZUBxRmzpxmlf6_oD-TvQ-AOxC7R1nLG8mNaKOz2-_b6/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="95" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj04WA4XQiZf476oOOfn8YyLlDEVEzl6PlsgW8fSlFWRWqo3xCY2VD8yV3_oZdVk7prXY0CO_ajd1DGjK891OvHEbWa0BFQDuZ4EZUBxRmzpxmlf6_oD-TvQ-AOxC7R1nLG8mNaKOz2-_b6/s200/1.jpg" width="200" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">(</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">Einstein em um de seus artigos não aconselhou o uso dessa
simplificação )</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">.
</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">Do ponto de vista
matemático, sem problemas nenhum, mas a partir do momento em que chamam m’ de
massa relativística e que esta é a massa da partícula e que ela aumenta à
medida que a velocidade cresce (ao colocarmos valores maiores em v temos
maiores valores de m’), opa!!!! Ai já é demais. (veja que m’ é agora uma função
da velocidade)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Vamos adiante, sabemos
que c é a velocidade da luz e ela é uma constante e há </span><span style="font-size: large; line-height: 27px;">sistemas de unidades em que ela vale 1, como no caso do sistema Heaviside-Lorentz.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">*A
invariância de Lorentz sai dos produtos escalares quadri-vetoriais, que são
obtidos pelo espaço de </span><span style="font-family: SFRM1200; font-size: large; line-height: 115%;">Minkowsk, o qual foi
introduzido na teoria da relatividade em 1908.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Neste sistema o que
obtemos:</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><br />
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> E=m’,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Nossa, quer dizer então
que a energia total da partícula é igual sua massa, não importando sua
velocidade???? E eu lhes digo: Não.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Vamos parar por um instante
e revisar alguns conceitos. Pela teoria clássica a inércia de uma partícula é
dada pela sua massa, ou seja, quanto maior esta mais difícil será mudar sua velocidade.
Veja, ao usar este velho conceito quanto maior a velocidade da partícula maior
é sua massa e assim maior será sua inércia sendo assim perfeitamente condizente
com a teoria da relatividade em que partículas massivas não podem alcançar a
velocidade da luz. Mas esses mesmos físicos que dizem que a massa aumenta com a
velocidade sabem que na física relativística a inércia é dada pela energia
total e não mais pela sua massa (pelo menos eu espero que saibam disso), mas isto não é a mesma coisa??? E eu novamente
digo que não, é claro que da maneira em que eles colocam a massa pode parecer
que é igual, mas mostrarei que dessa maneira tornam a coisa paradoxal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Avançando um pouco
mais, a equação dada por (2) expressa a energia de uma partícula massiva que é
dada pela soma de sua energia de repouso mais sua energia cinética.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> E = E<sub>0</sub> +E<sub>k</sub> (4)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Onde E<sub>o</sub> é a
energia de repouso e E<sub>k </sub>sua energia cinética. Vamos então analisar
(2) e (4) juntamente, quando temos a velocidade da partícula igual a zero, V =
0 temos E<sub>k</sub>=0 e igualando as expressões (2) e (4), teremos</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%;">E<sub>0 </sub>= mc<sup>2 </sup></span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">(5)</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Pronto, essa é uma
maneira correta de se escrever a equação, e o que ela significa?? Ela diz que a
energia de repouso de uma dada partícula é proporcional a sua massa e não que a
energia é igual à massa. Outra maneira de ver como a equação (3) não se encaixa
com a maneira correta de descrever a energia é escrevendo a segunda equação de
Einstein para a energia. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: large; line-height: 115%;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgexgum9AN0huFwN3-vZ9I1JfotLPjDMNfNbo07QaF6JMFuNejfKc5tkwaM9qiHZSBYAgacs8HMfod9w63Zrj3v1ZXNJfmpiq0xahNG4bdoJI2dW69d64ZsgLhobeEDuCEvDALv2S8WTzGl/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="65" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgexgum9AN0huFwN3-vZ9I1JfotLPjDMNfNbo07QaF6JMFuNejfKc5tkwaM9qiHZSBYAgacs8HMfod9w63Zrj3v1ZXNJfmpiq0xahNG4bdoJI2dW69d64ZsgLhobeEDuCEvDALv2S8WTzGl/s400/1.jpg" width="400" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Onde p é o momento
relativístico da partícula e é dado por <b>p</b>
= (E/c<sup>2</sup>)<b>V, </b>note que
apenas quando p = 0 é que teremos a igualdade entre as expressões (3) e (6),
portanto para o momento nulo, temos a partícula em repouso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Vamos nos aprofundar
ainda mais e veremos as conseqüências de tais formulações. Depois mostrarei que
a massa relativística nos leva a um paradoxo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Você se lembra da lei
de conservação de massas que aprendemos na química? Caso não tenha lembrado,
refrescarei sua memória, suponhamos que ao reagirmos duas substâncias A e B e
que o produto da reação nos dá C e mais uma liberação energia, reação
exotérmica. Essa lei nos garante que a soma das massas de A e de B será igual a
C. Você pode se perguntar, “de onde vem a energia”, esta é gerada através das
energias de ligação formadas e rompidas nesse exemplo uma maior formação de
ligações. E a Lei da conservação de energia, está lembrado?? Essa lei garante
que em sistemas clássicos, onde não há nenhuma forma de dissipação, a energia
se conserva. Para isso vamos ilustrar um exemplo bem simples, imagine um
carrinho de montanha russa que esteja na iminência de começar a descer uma
rampa e que este sai com velocidade V = 0, </span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqHList-FkPR3L344X2uei-DCY1Uw4cSlOgZ3ltr1t7IvWBuz3QTmzTp4ojotR1KHe4TCg-gLSZDjFHOANHM6TXqnwwkrTPWx09IsygAsgWxNX_7Kbj0eoCPUXHji7MjT7AxH-KBi5tq_e/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqHList-FkPR3L344X2uei-DCY1Uw4cSlOgZ3ltr1t7IvWBuz3QTmzTp4ojotR1KHe4TCg-gLSZDjFHOANHM6TXqnwwkrTPWx09IsygAsgWxNX_7Kbj0eoCPUXHji7MjT7AxH-KBi5tq_e/s320/1.jpg" width="240" /></a></span></div>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> qual será então sua energia inicial?
Em relação ao ponto mais baixo do trilho ele terá a energia E = mgh, onde g é
a aceleração da gravidade, m sua massa e h a altura do trilho. Essa lei nos
garante que se não houver perdas de energia, como a perda para o atrito, em
qualquer ponto abaixo do trilho a energia será a mesma, por exemplo, no ponto
mais baixo do trilho toda energia potencial passará a ser inteiramente
cinética.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Muito bem, até aqui sem
maiores problemas, mas e se eu disser que essas leis não são universais e que
só valem em alguns determinados casos. Bom, é isso mesmo. Elas não são
universais e são incompletas, todavia ambas continuam sendo válidas para o
nosso dia a dia, pois diariamente não tratamos com reações nucleares e sistemas
com altas energias.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Calma... O que a
relatividade vez foi unir essas duas leis em uma única só, tornando-a: a lei universal de conservação massa-energia.
Vamos exemplificar um caso de decaimento e vermos como ambas sozinhas falham e
que juntas dão certo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Suponhamos que uma
partícula em repouso A com massa M decaia em duas outras, B com massa m’ e
velocidade v’ e C com massa m’’ e velocidade v’’. Estas, ao serem geradas, se
afastam.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Usando a lei de
conservação de energia vemos que ela falha, pois a energia cinética inicial é
zero e a final é maior do que zero. Este sistema é considerado isolado, ou
seja, não há nenhum acréscimo de energia vinda externamente e esta também não
provém de nenhuma ligação química, pois para o decaimento não há nenhuma
ligação química. Ao somarmos as massas de B e de C vemos que M > m’ + m’’.
Então o que está ocorrendo? Usando a equação (2) vemos que a energia total
inicial, E<sub>i</sub>, é sua energia de repouso </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">E<sub>i</sub> = Mc<sup>2</sup>,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">que é igual a energia
total final, E<sub>f</sub>, que é dado por</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8KeGbx0WJGrLeInvobxlL7c5l0KFnLskvsex3cTZQx3G0Tt6VtUgaV0qBHoUfc0YMsmBa8fgNpLLpM0RdXdZ48fk2hM4WX4oMj3xqoAmDixbUANP72owqTv5gftlEv-yPcRwl8IcBb1RM/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="128" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8KeGbx0WJGrLeInvobxlL7c5l0KFnLskvsex3cTZQx3G0Tt6VtUgaV0qBHoUfc0YMsmBa8fgNpLLpM0RdXdZ48fk2hM4WX4oMj3xqoAmDixbUANP72owqTv5gftlEv-yPcRwl8IcBb1RM/s320/1.jpg" width="320" /></a></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: large; line-height: 115%; position: relative; top: 27pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">E que E<sub>i</sub> =E<sub>f</sub>.
Mas, vamos observar o que de fato ocorre. Inicialmente temos somente a energia
de repouso de A, que está sob a forma de massa, ao formarmos B e C estas também
possuem suas respectivas energias de repouso, providas de suas massas, e também energias cinéticas. Vimos que ao
somarmos suas energias de repouso estas não computam o mesmo valor da energia
de repouso de A, mas que quando também somamos com suas energias cinéticas
temos a igualdade procurada, lembre-se da equação (4). Bom, o que ocorreu é que
uma parte da energia que estava sob a forma de massa de A é transformada em
energia cinética das partículas B e C. Espero que isso tenha ficado claro.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGcIrZlpM6pfXzvzJqtWJ0nQyiKYaAkbdAthiRc_u-hYW3UnQKV_Ax2cBMAHuCrZPMd7qpjds246GwF1EfxuOy05b_8f2C8AO6AmIN1A1dsDQn0BuuD190-qeuV9NrFTjTOTTwDpIeE0rO/s1600/1.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="164" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGcIrZlpM6pfXzvzJqtWJ0nQyiKYaAkbdAthiRc_u-hYW3UnQKV_Ax2cBMAHuCrZPMd7qpjds246GwF1EfxuOy05b_8f2C8AO6AmIN1A1dsDQn0BuuD190-qeuV9NrFTjTOTTwDpIeE0rO/s320/1.gif" width="320" /></a></span></div>
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> Esta ilustração, esquematiza o que acabo de dizer. Se somarmos a massa de Np-237 com a massa da partícula Alpha ( núcleo do átomo de hélio), não teremos a massa de Am-241</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Por fim, vamos supor
que aqueles que acreditam que a massa da partícula aumente na mesma proporção
em que V cresce estejam certos. Então vamos colocar uma determinada partícula
em um acelerador linear e vamos observá-la. À medida que o tempo passa sua
energia aumentará, mas de acordo com eles a energia será devido exclusivamente
sua massa</span><span style="font-size: large; line-height: 115%;">, E = m’c<sup>2</sup>, ora se eu vou ver uma partícula cada vez
mais massiva e sua energia está totalmente contida nela (na massa), onde está o
seu movimento?? Pare um minuto, visualize isso... eles estão desconsiderando a energia de movimento da partícula para o referencial do acelerador... Constatou o paradoxo que
criamos?? Para acabar com tal estranheza só se eles disserem que massa é
movimento.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Antes de terminar aqui, quero esclarecer mais uma coisa. Tenho observado mais uma confusão por conta
dessa expressão colocada erroneamente </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;"> E
= m’c<sup>2</sup>,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Muitos chegam à falsa conclusão, devido à expressão acima, que
massa é energia, espero que até aqui tenha entendido que massa é energia em
repouso e ela é só mais uma maneira em que a energia pode se expressar, de que
a luz tem massa ou ainda que massa é luz congelada, pois, com essa má
interpretação, se massa é energia e a luz é formada por fótons que possuem
energia logo os fótons em repouso geram massa. Isso não é verdade, pois sabemos
que os fótons são partículas desprovidas de massa, fótons só andam na
velocidade da luz e só podem ser absorvidos por elétrons presos a um dado
núcleo. O que de fato pode ocorrer é que a energia desses fótons seja
convertida em partículas massivas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Espero que eu tenha esclarecido alguma coisa e que isso sirva
para melhorar a visão real do universo que está ao seu redor e que passe a
questionar mais as coisas antes de tomá-las como verdades absolutas.</span><br />
<br />
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Caso haja maiores interesses sobre este assunto, envie-me um email que passarei artigos em relação a esse tema, inclusive o meu TCC abordando detalhadamente esta questão. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large; line-height: 115%;">Pedro Costa.</span></div>
Pedrohttp://www.blogger.com/profile/07911269647219857992noreply@blogger.com2